“Chegou o momento. Quem viu o Serginho, quem viu a seleção brasileira com o Serginho, viu. Agora é só por vídeo”, relatou o agora ex-jogador de vôlei Sérgio Dutra dos Santos, bicampeão olímpico e mundial. O paranaense de 44 anos, crescido na Zona Norte de São Paulo, em Pirituba, entrou para o esporte para sair da vulnerabilidade social imposta a muitos jovens da periferia brasileira.
A paralisação das competições pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) impulsionou a decisão de Serginho de encerrar a carreira. O líbero entrou em quadra pela última vez em março, quando seu time, Pacaembu/Ribeirão Preto (SP), virou o jogo e venceu o Fiat/Minas (MG) por 3 sets a 2 em jogo válido pela Superliga: “Depois do Rio, eu pensei que precisava parar, encontrar uma forma de parar, e desde 2016 as pessoas não deixavam. Sempre tive um desafio diferente para cumprir”.
Considerado um dos melhores líberos da história do vôlei, Serginho anunciou a aposentadoria através de uma publicação nas redes sociais. Na carreira, ele acumulou 4 finais olímpicas seguidas com duas medalhas de ouro, além de dois mundiais, tricampeonato da Copa do Mundo, nove campeonatos da Liga Mundial, um campeonato pan-americano, diversos campeonatos sul-americanos e título da Superliga.
Para o presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Walter Pitombo Laranjeiras, “Serginho é um ídolo da nossa modalidade e o voleibol brasileiro agradece por tudo que ele fez e segue representando para o nosso esporte”.