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Polícia cumpre mandados em fábrica de respiradores em Araraquara

Empresa é acusada de receber R$ 48 milhões de consórcio de governo do Nordeste

Na manhã desta segunda-feira (1), a Polícia Civil da Bahia, com apoio da equipe de SP, cumpriu mandados de busca e apreensão na empresa BioGeoenergy, instalada na antiga Iesa, em Araraquara, onde hoje funciona um condomínio empresarial para fabricação de respiradores. Há mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, e o grupo alvo da operação é especializado em estelionato.

Segundo informações, a empresa, como revendedora, teria vendido respiradores chineses para o Consórcio Nordeste e não entregou os equipamentos, nem devolveu o dinheiro. A Polícia constatou que o contrato de revenda era falsificado. Na fábrica em Araraquara, não havia nenhum respirador, e eles seriam montados com o dinheiro pago pelo Nordeste.

O assessor jurídico da BioGeoenergy, Delorges Mano, afirmou que a empresa está regularizada com acordos e demandas e passaria a fabricar os equipamentos nesta semana, sendo que a documentação está na Anvisa. 

As equipes da Polícia foram ao apartamento do dono da empresa, Paulo de Tarso, na rua Castro Alves, e apreenderam um carro e documentos.

Em 25 de maio, a empresa apresentou a imprensa o equipamento, e o proprietário afirmou que “pouquíssimas peças são feitas no exterior”, e que eles tinham “contrato de prioridade” com a maioria dos fornecedores asiáticos.

Nota da empresa Biogeoenergy

Em nota a empresa Biogeoenergy informou “que foram feitas buscas e apreensões por policiais civis da Bahia, com apoio de policiais locais na sua sede, em Araraquara. Ainda não há detalhes do inquérito e pouco podemos avançar em relação a ação desencadeada hoje.”

A empresa ressaltou ainda que não que não há respiradores prontos para comercialização porque a certificação da Anvisa não saiu. “Nosso equipamento passou em todos os testes que garantiram a qualidade do respirador e aguarda trâmites burocráticos do órgão federal. É importante deixar claro que como não há equipamentos, também não há contrato de venda assinado com governos, empresas ou prefeituras”, ressaltou a empresa com sede em Araraquara.

“As vendas serão feitas de forma direta para manter o compromisso de comercializar pelo menor preço possível. Ninguém está autorizado a falar em nome da empresa para prometer nossos produtos.”

 

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