InícioEsportePedro Martins explica organização da Ferroviária na pandemia

Pedro Martins explica organização da Ferroviária na pandemia

Diretor cita investidor e Copa do Brasil como fundamentais para manter as contas em dia

A pandemia do novo coronavírus causa, a cada dia, prejuízos incalculáveis no futebol brasileiro, deixando grande parte dos clubes sem alternativas para arcar com seus compromissos financeiros. Dispensas de funcionários, atrasos salariais e dívidas crescentes são comuns nos noticiários esportivos. Na contra-mão dessas notícias, a Ferroviária consegue administrar a situação e, além de manter suas contas em dia, vem reforçando seu elenco para a sequência da temporada.

Em entrevista virtual concedida nesta quinta-feira (11), o diretor executivo da Ferroviária, Pedro Martins, citou os dois principais fatores para superar as turbulências do momento atual. "Eu cito aqui dois pontos fundamentais para que a Ferroviária sofresse menos durante esse período de pandemia. O primeiro é que tem um investidor importante, que tem mantido a operação do clube. A Ferroviária não reduziu salários e não mudou sua estrutura de funcionamento em relação aos atletas do clube. É óbvio que a Ferroviária precisa repensar e fazer com que o clube se torne cada vez mais eficiente, porque a gente perde patrocínios, mas o fato de termos um fundo de investimento tem sido fundamental para que a Ferroviária consiga estar sólida e muito bem organizada durante essa pandemia. Mas o outro ponto que foi muito importante foi o fato do clube ter avançado na Copa do Brasil, que também fez com que tivesse uma reserva financeira ao longo desse período e que não precisasse realizar alterações salariais", explicou. 

 

Reorganização

Pedro revela que o clube também passou por perdas em sua área financeira por conta da pandemia. "A Ferroviária tinha uma estrutura de patrocinadores, pessoas que acreditam no projeto e que sempre investiram no clube e alguns, infelizmente, pela pandemia, acabaram pedindo para reparcelar, mudar algumas condições, e outros acabaram nos comunicando que sairiam por esse período curto. É óbvio que o clube teve de se reorganizar em função disso. Por isso é importante essa retaguarda dos investidores, porque, caso contrário, a Ferroviária também precisaria fazer mudanças em sua operação e em sua gestão financeira", destacou.

 

Objetivos mantidos

O diretor destacou a importância de reduzir gastos para manter o equilíbrio e seguir almejando voos mais altos dentro de campo. "Hoje o clube vem analisando todos os custos que são desnecessários. Isso nós já fazíamos de maneira constante e intensificamos, para melhorar cada vez mais a operação. Mas a Ferroviária não precisou mudar nada e continua pagando salário dos seus colaboradores perfeitamente e o clube mantém seus objetivos e suas ambições com relação às competições. Provavelmente a Ferroviária foi um dos poucos clubes que fizeram contratações e que movimentaram o mercado, justamente por manter seu interesse em terminar muito bem o Campeonato Paulista, inclusive com chances de classificação, mas também avançar na Copa do Brasil e buscar o acesso na Série D", acrescentou. 

 

Momento de cautela

Há o interesse da Federação Paulista de Futebol de retomar o estadual ainda em junho, porém ainda não existe nada concreto, já que vários debates serão realizados nos próximos dia em torno da questão. Para Pedro, o momento é de cautela. "O posicionamento da Ferroviária é de respeitar e dar cada passo com a maior cautela possível, testando seus atletas. Já tínhamos feito uma bateria de testes e a ideia é fazer outra semana que vem, começar a organizar as etapas. Eu acredito que não é necessário acelerar, mas sim tomar os cuidados necessários para que a gente consiga, quando acontecer, fazer da melhor maneira possível", concluiu o diretor executivo.

 

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