Há um mês atrás, o balanço publicado diariamente pelo Comitê de Contingência do Coronavírus de Araraquara apontava que não havia nenhum paciente confirmado com o novo coronavírus recebendo tratamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Naquele 23 de maio, apenas um único paciente suspeito estava internado em um leito de UTI. Outras 14 pessoas (5 confirmados e 9 suspeitos) estavam internadas em enfermaria, enquanto o número de casos confirmados da doença chegava a 189 e apenas os serviços essenciais operavam na cidade.
Essa situação possibilitou que dias depois fosse classificada na Fase 3 do Plano São Paulo de retomada das atividades econômicas – num grupo selete de apenas 4 regiões entre as 19 do Estado de São Paulo.
Na semana seguinte, o comércio, incluindo bares e restaurantes, voltaram a funcionar, ainda que com restrições. Foi o suficiente para que as contaminações sofressem um sensível aumento e, consequentemente, mais leitos fossem ocupados nos hospitais. Ainda que a taxa de ocupação, segundo a Prefeitura de Araraquara, esteja em patamar razoável, o município foi rebaixado para a Fase 2 e ampliar as restrições ao funcionamento do comércio.
O boletim divulgado nesta terça-feira (23) revela que há 11 casos confirmados de covid-19 internados em leitos de UTI – uma alta de 1000% em um mês. As internações em enfermaria somam os mesmos 14 pacientes (9 confirmados e 5 suspeitos) e o número total de casos confirmados já atinge 763 – mais de 500 confirmações desde o dia 1 de junho, quando os estabelecimentos comerciais retomaram o atendimento presencial de clientes.
O Comitê informou que mantém as análises diárias sobre o avanço dos casos de Coronavírus na cidade, com acompanhamento permanente da ocupação dos leitos de UTI em Araraquara e região, além do acompanhamento dos índices de isolamento, que continuam bem baixos.
Diante do atual cenário, o Comitê reforçou a importância do isolamento social do uso da máscara para quem precisar sair de casa. “Além de se proteger contra o vírus que pode estar circulando à sua volta, a pessoa que usa máscara em locais públicos impede a transmissão aos demais, caso esteja com a doença e ainda não saiba”, afirma o documento.
“Junto com os cuidados básicos de higiene e o isolamento social recomendados pelas autoridades de saúde, a utilização desse equipamento protetivo não é apenas um cuidado pessoal, mas um compromisso com a saúde de todas as pessoas que nos cercam”, conclui.
Até o fim de semana, o Governo de São Paulo deverá publicar as diretrizes para a quarentena no início de julho. Pelas atuais condições epidemiológicas, Araraquara deve ser mantida na Fase 2, como a maioria das Diretorias Regionais de Saúde do estado.