Com suas atividades paralisadas desde março do ano passado por conta da pandemia da Covid-19, as Escolinhas de Esportes de Araraquara voltarão a entrar em ação no dia 17 de agosto, quando serão retomadas as aulas em todos os polos espalhados pela cidade. As inscrições podem ser feitas a partir da próxima quarta-feira (4) na Secretaria de Esportes e Lazer, que fica localizada no Gigantão, com horário de atendimento das 8 às 12 horas e das 14 às 16h30.
O retorno das Escolinhas envolverá a prática de 19 modalidades: futebol, futsal, basquete, voleibol, handebol, natação, xadrez, damas, atletismo, karatê, judô, taekwondo, tênis de mesa, tênis, badminton, skate, rugby, capoeira e ginástica artística.
A coordenadora executiva de Projetos Esportivos de Inclusão Social da Secretaria de Esporte e Lazer, Roseli Gustavo, revela que a volta das Escolinhas será um desafio. "Os esportes e atividades físicas já eram essenciais e agora são mais ainda. Para vencer a Covid, é preciso vacinação, distanciamento, álcool gel, alimentação e também atividades físicas. Eu acho muito importante retomarmos as atividades, porque as crianças ficaram esse período de um ano e meio isoladas dentro de casa, só na televisão e no videogame. Precisamos agora combater o sedentarismo, a obesidade infantil e promover a sociabilidade das crianças, que agora vão poder interagir umas com as outras. Por isso, a volta das Escolinhas vai trazer benefícios em várias áreas e precisamos muito do apoio dos pais, para que eles incentivem e levem as crianças", analisa ela.
Nova estrutura
As Escolinhas de Esportes, que antes da pandemia atendiam mais de 6 mil crianças e adolescentes, voltarão às atividades com uma nova estrutura de gestão, onde a cidade foi dividida em quatro setores e cada um deles ficará sob a responsabilidade de um gestor.
Com a coordenação de Roseli Gustavo e a gerência de Júlio Cézar Invenzioni Alexandre, a nova organização conta com os gestores Daniel Raschemus (setor 1, composto por Fonte Luminosa, Vale do Sol, Santa Angelina, Jardim Maria Luiza, Jardim Botânico, Vila Yamada e Acapulco), Fábio Moraes Leite (setor 2, formado por Jardim Indaiá, São Rafael, Vale Verde, Selmi Dei, Jardim Pinheiros, Jardim das Estações e Parque São Paulo), João Batista Mantovani (setor 3, que envolve os bairros do São Geraldo, São José, Centro, Jardim Universal, Melhado, Jardim das Gaivotas e Santana) e José dos Anjos, o Toco (setor 4, que conta com Vila Xavier, Jardim das Hortênsias, Jardim Silvestre, Jardim Del Rey, Victório De Santi, Jardim Iguatemi/Oitis, Cecap, Jardim Yolanda Ópice, Jardim Martinez e Jardim Nova Época). O programa contará ainda com Alisson Alves da Silva, que irá coordenar os protocolos de saúde, orientando todos os trabalhos em torno da prevenção da Covid-19.
Júlio Invenzioni explica que a nova estrutura permitirá uma melhor análise para a busca pelo desenvolvimento do projeto. "Antigamente, eram duas pessoas que faziam essa gestão, que no caso eram um gerente e um gestor. Com essa nova formatação, a cidade será dividida em quatro regiões, que contarão com quatro gestores. Eles realizarão o trabalho junto a essas regiões com os professores, dando suporte e ajudando na divulgação, aproximando os pais e as famílias ao projeto. Cada gestor estará sempre passando, acompanhando, experimentando novos locais de acordo com as demandas", conta.
Ele acrescenta que algumas modalidades possuem melhores resultados em determinados bairros, por isso existe a necessidade de novos planejamentos para atrair mais alunos. "Se percebermos que uma Escolinha de um determinado local, com uma determinada modalidade, não teve público e adesão, vamos analisar onde aquela modalidade tem uma maior procura para colocarmos essa modalidade em um bairro onde possa adquirir novos adeptos. Também vamos passar pelas escolas, fazer trabalhos de divulgação e anunciar nas salas de aula as modalidades de cada região. Então o trabalho do gestor será esmiuçar a região e ver os locais com potencial para abrir novas modalidades", complementa.
Cuidados e protocolos sanitários
Assim como Roseli, Júlio também vê como um grande desafio o retorno após um ano e cinco meses de atividades interrompidas em função da pandemia. "Vamos seguir todos os cuidados e protocolos de saúde. Será muito bom para as crianças voltarem às rotinas e às suas atividades. Sabemos que essas atividades contribuem muito para o desenvolvimento da criança, do adolescente, em seus aspectos cognitivo, motor, afetivo, e com essa volta às atividades esportivas, as crianças vão novamente ter a oportunidade de estarem se socializando, seguindo também o distanciamento de um metro e meio", salienta.
O gerente das Escolinhas se diz ansioso pelo retorno e esclarece ainda que a orientação é para que a volta seja cautelosa. "Em modalidades coletivas, vamos evitar os jogos e realizar exercícios físicos e técnicos da modalidade, assim como nas lutas, evitando o contato físico à princípio e adotando algumas cautelas. O mais importante é que vamos voltar a praticar exercícios e isso será muito bom, um grande ganho para as crianças, que poderão voltar a praticar seus esportes prediletos diante desse quadro", explana.
Júlio conta ainda que as Escolinhas se apoiarão no decreto que prevê a utilização de 60% da capacidade máxima de cada local, porém as atividades serão praticadas em espaços maiores, o que gera uma segurança maior. "Podemos até agregar mais alunos, desde que se respeite a distância mínima de um metro e meio entre as crianças. Os monitores estarão munidos de um kit de higienização, com álcool gel para passar antes, durante e depois da aula. Também serão higienizados todos os materiais utilizados. Se porventura alguma criança chegar sem máscara, vamos ceder máscara para ela poder praticar sua atividade. Tanto as crianças quanto os monitores devem estar de máscara", complementa.