Guilherme Boulos (PSOL) esteve em Araraquara nesta terça-feira (10) e cumpriu uma agenda de encontros políticos. Ex-presidenciável, em 2018, e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, em 2020, quando disputou e perdeu o segundo turno na maior capital do país, Boulos concedeu entrevista ao Jornal da Morada, da Rádio Morada.
Segundo o militante, essa foi a primeira visita dele para fins políticos-partidários na cidade. Guilherme Boulos tem percorrido o interior do estado como forma de viabilizar uma candidatura ao governo de São Paulo, em 2022.
Durante a entrevista, ele disparou críticas contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao governador João Doria (PSDB). Sobre o presidente, que tem feito duras críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na defesa do voto impresso, Boulos afirma que as manifestações são tentativas antecipadas de justificar uma derrota nas próximas eleições e ampliar a crise política (veja vídeo abaixo ou clique aqui).
Boulos defendeu os atos convocados durante a pandemia por partidos de esquerda e movimentos sociais contra o presidente Jair Bolsonaro. Para ele, “as mobilizações de rua foram convocadas porque Bolsonaro não nos deixou alternativas” (clique e assista).
O líder do PSOL defendeu a união da esquerda para as eleições de 2022 – internamente, ele tem defendido a apoio do partido à candidatura presidencial de Lula, mas espera que o PT o apoie numa eventual disputa pelo governo de São Paulo. O PT, no entanto, tem o ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, como pré-candidato.
Contra o governador João Doria, do PSDB, Boulos diz que o tucano “bota botox na cara pra esconder o que ele é”. Disse também que, caso seja confirmado candidato ao governo em 2022, vai manter um diálogo com todos os setores políticos e econômicos, sem abrir mão de suas convicções.
Criticado por membros do PSOL em Araraquara, Boulos reagiu e disse que se encontraria com o prefeito Edinho Silva, a deputada estadual Márcia Lia e militantes do PC do B. Ele também classificou a postura da Comissão do PSOL de Araraquara como minoritária no partido. “Quem tem caneta escreve o que quer”.