Em meio à pandemia de Covid-19, que vem tirando a vida de mais de mil pessoas por dia somente no Brasil, a Coordenadoria de Bem-Estar Animal da Prefeitura faz um alerta: animais que perderam seu tutor devem ser amparados e cuidados pelos familiares.
Embora o luto seja um processo complexo e difícil para a família, os animais de estimação também são afetados pela perda do seu dono e não podem ser negligenciados, explica a coordenadora de Bem-Estar Animal da Prefeitura, Carol Galvão. “Os familiares se tornam responsáveis legais por esses animais e devem zelar pela saúde e segurança deles”, esclarece.
É dever do novo tutor, portanto, prover recursos e garantir que o animal receba os devidos cuidados, de acordo com sua espécie, porte e faixa etária, sob pena de ser responsabilizado por abandono ou maus-tratos.
Dessa forma, os familiares das vítimas de Covid-19 ficam responsáveis por cuidar definitivamente do animal ou por encontrar um novo lar adequado para ele.
Ao perderem seus entes queridos, é normal os pets apresentarem uma mudança repentina de comportamento. Assim como os humanos, os animais também vivenciam o luto. Falta de apetite, apatia e vontade de ficar sozinho estão entre os principais sinais que os animais usam para demonstrar que algo está errado. A recomendação é ter paciência.
Para ajudá-los a superar, o ideal é agir de forma natural, mantendo o pet em sua rotina normal, estimulando brincadeiras com as quais ele está habituado. Por isso, segundo especialistas, é importante que o animal permaneça em um lar com a mesma energia de antes. Ou seja, se o tutor anterior era muito agitado, uma nova casa com pessoas agitadas será a melhor combinação.
É preciso, ainda, monitorar se o pet está se alimentando e dormindo bem, bebendo água na quantidade correta e fazendo normalmente suas necessidades fisiológicas. Se os sintomas de tristeza persistirem por muito tempo, é aconselhável consultar o veterinário.