Centenas de servidores municipais de Araraquara participaram, na manhã desta sexta-feira (11), de um protesto em frente à Prefeitura, no centro. A categoria rejeitou, na última sexta-feira, a proposta de 5% de dissídio coletivo apresentado pela administração municipal, além de outros benefícios apresentados (leia aqui).
O protesto, que se concentrou no Paço Municipal, integrou a paralisação de parte da categoria. Segundo o SISMAR – Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região, cerca de 1,5 mil servidores participaram do ato. Por causa disso, o atendimento foi parcialmente realizado em diversos setores da Prefeitura, inclusive na Saúde e Educação, com manutenção dos serviços essenciais. Caso não haja nova proposta, a categoria deve entrar em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira, dia 18.
A Prefeitura de Araraquara, por sua vez, prometeu suspender o diálogo com o sindicato dos servidores em caso de paralisação da categoria. A manifestação da Administração Edinho Silva (PT) ocorreu logo após o encerramento da assembleia em frente do Paço Municipal, na noite de sexta-feira (8), quando os servidores deliberaram pela paralisação de 1 dia, em protesto contra a proposta de reajuste de salário oferecida pela gestão municipal.
Pauta de reivindicações
Os trabalhadores da Prefeitura reivindicam aumento real de 14% acima da inflação acumulada; política de reposição de perdas acumuladas (30,72%) entre maio de 2015 e janeiro de 2022; aumento no vale-alimentação para R$ 840; ampliação no prêmio assiduidade para R$ 200; e instituição em lei do abono natalino (13º vale-alimentação), além de outros benefícios.
Proposta da Prefeitura
Os servidores rejeitam a proposta da Prefeitura de reajuste de 5% no dissídio coletivo e aumento de 11,11% no vale-alimentação, que passará para R$ 600. A gestão municipal fala ainda em reajuste de 33,45% do piso salarial do funcionalismo, que passará a R$ 1.453,31; reajuste retroativo de janeiro de 2022 de 33,24% no piso salarial do magistério; política de promoção de classe PCCV e enquadramentos do PCCV com redução de 10% na carga horária (aumento indireto de 10% no salário); a jornada padrão que passará de 40 horas semanais para 36 horas semanais.
“Não há espaço para nenhuma proposta financeira além da apresentada pela Prefeitura de Araraquara. A greve, que é o instrumento utilizado pelo movimento sindical quando não há diálogo, o que não ocorre na nossa realidade já que a Prefeitura nunca se recusou ao diálogo, representará a imediata suspensão de qualquer processo de negociação”, alerta a Prefeitura.