Após a divulgação de relatos de negligência no Ambulatório Veterinário de Araraquara, no Parque Pinheirinho, a presidente da AAPA (Associação Araraquarense de Proteção aos Animais), Adriana Mattos, rebateu as denúncias feitas ao Portal Morada.
De acordo com a presidente, o ambulatório é mantido pela associação e não recebe verba municipal. O prédio foi construído pelo município cedido à AAPA, cuja concessão é renovada a cada três anos.
Sobre o caso da cadela que perdeu oito filhotes (leia aqui), Adriana explica que a tutora havia chegado ao ambulatório já com o animal em trabalho de parto há três dias. Na ocasião, havia uma cirurgia em andamento e outras três agendadas, e não seria possível fazer a cesárea: “Nós estabilizamos a cachorra e pedimos que a tutora procurasse outra clínica para fazer a cirurgia”, diz Adriana.
Adriana explicou como é o funcionamento do ambulatório: “O horário é das 8h as 17h30, de segunda a sexta-feira. Temos duas veterinárias de manhã e uma a tarde, pois de manhã o fluxo de atendimentos é maior. São entregues senhas até as 15h, para que todos sejam atendidos, a não ser que apareça uma emergência fora deste horário, aí atendemos. Nenhum animal sai sem atendimento e medicação. Temos laboratório para o exame de sangue do animal, raio-x, ultrassom”, explica.
Segundo Adriana Mattos, procedimentos mais complexos, como cirurgias, são agendados com os veterinários: “A AAPA realizou uma parceria com uma cirurgiã, uma ortopedista veterinária e uma odonto veterinária. Quando não temos o profissional especializado, que foi o caso do cão que tinha um nódulo no olho, a gente faz a estabilização do animal e orienta a procurar um local especializado, como o hospital veterinário da Unesp Jaboticabal”.
“Não cobramos consulta, e os veterinários fazem os procedimentos a baixo custo. A cobrança é feita porque não há verba municipal”, enfatiza.
O Ambulatório Veterinário de Araraquara foi inaugurado em dezembro de 2014, no Pinheirinho, através de um projeto do ex-vereador William Affonso, para que a população carente tivesse acesso a atendimentos veterinários para seus animais. Desde então, é administrado pela AAPA. Em fevereiro deste ano, através de um decreto municipal, a prefeitura concedeu permissão de uso do ambulatório pelo prazo de dois anos, podendo ser renovado por mais dois anos.