A filha da Cristiane de Lima havia acabado de sair da piscina de plástico, no quintal de casa, quando a mãe achou um escorpião ao lado de onde a criança de 9 anos tomava banho. Foi a primeira vez que a auxiliar de cozinha teve contato próximo com esse tipo de animal peçonhento. Mas, apesar do susto, ela conseguiu capturar o escorpião.
Preocupada, a mãe prendeu o bicho dentro de um copo plástico e ateou fogo. Ela acredita que o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) tenha saído de um terreno com mato e entulho ao lado da sua casa.
Picadas em Araraquara e região
Araraquara fechou o ano de 2018 com 100 casos registrados de picadas de escorpião. Em toda a região foram 228 casos, 52% a mais que os 150 casos registrados no ano anterior, segundo dados do Centro de Tratamento Regional de Acidentes por Animais Peçonhentos (Centrap), localizado na UPA – Unidade de Pronto Atendimento da Vila Xavier. Além de Araraquara, municípios como Boa Esperança do Sul com 48, Rincão com 23 e Trabiju com 22, também tiveram um número elevado de registros.
Números gerais
Os casos de envenenamento por escorpião têm aumentado no Brasil. Nos últimos 5 anos o número saltou de 78 mil para 141 mil; um crescimento de 80%. O país tem enfrentado nos últimos dias uma onda de altas temperaturas. E, segundo especialistas, o calor, aliado a outros fatores, favorece a proliferação do animal.
Em 2017, foram 143 mortes no país causadas por escorpiões no Brasil. Na região de Araraquara, uma jovem de 22 anos morreu após ser picada em 2016 na cidade de Trabiju. Nos primeiros 30 dias deste ano Araraquara já registrou aproximadamente 20 casos envolvendo escorpião, segundo o Centrap.
Prevenção
– Sacudir roupas e calçados
– Evitar que as roupas de cama encostem no chão
– Evitar pendurar roupas nas paredes e nas portas
– Fechar bem ralos, frestas das portas e outros locais de acesso
– Não acumular lixo e entulho para evitar o surgimento de baratas (alimento preferido do escorpião)
Em caso de picada, a pessoa não deve colocar gelo ou água fria, pois esse procedimento potencializa a dor. O correto é procurar imediatamente o atendimento médico. Veja mais informações na reportagem abaixo.