InícioCidadesCidadeAdolescente suspeito de homicídio em bar se entrega à polícia em Araraquara

Adolescente suspeito de homicídio em bar se entrega à polícia em Araraquara

Crime ocorreu em fevereiro no Jardim Martinez e foi o primeiro assassinato do ano

Um adolescente de 17 anos, suspeito de envolvimento no homicídio de Davi dos Santos Salviano, de 28 anos, se apresentou na manhã desta terça-feira (27) na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara, acompanhado por seu advogado. O crime ocorreu em fevereiro, em frente a um bar no Jardim Martinez, e foi o primeiro assassinato registrado na cidade em 2025.

As investigações, conduzidas pelo delegado Francisco de Assis, apontam que a vítima foi atingida com golpes de faca após sofrer uma sequência de agressões físicas. Davi foi encontrado caído na calçada da Avenida Júlio Prestes de Albuquerque, em frente ao bar.

A Unidade de Suporte Avançado (USA) do Samu foi acionada, mas ao chegar ao local, os socorristas apenas constataram o óbito. A apresentação do menor ocorre poucos dias após a rendição de um outro envolvido no caso, um homem de 44 anos conhecido como “Totinha”.

Em depoimento à polícia, “Totinha” afirmou que a intenção era apenas dar uma “lição” na vítima, e atribuiu ao adolescente o golpe fatal. Segundo ele, chegou a conversar com Davi por cerca de 40 minutos antes do ataque, mas a situação saiu do controle com a chegada do jovem, que teria esfaqueado a vítima pelas costas.

As imagens das câmeras de segurança de um bar vizinho foram fundamentais para a investigação. Elas mostram Davi sendo cercado por aproximadamente sete indivíduos, que o agrediram com chutes e socos antes da facada.

O motivo do conflito, segundo apurado pela DIG, teria sido o comportamento do jovem, que estaria incomodando os frequentadores do bar. Através das gravações, a polícia conseguiu identificar outros três suspeitos que também teriam participado da agressão coletiva. Eles estão sendo investigados.

Durante o depoimento, o adolescente preferiu permanecer em silêncio. Como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ele será submetido a procedimentos específicos e já foi encaminhado para a Fundação Casa, onde aguardará novas audiências.

O inquérito policial já foi enviado ao Ministério Público, que acompanha o caso desde os primeiros relatos e deve ouvir o menor nos próximos dias por meio da Vara da Infância e Juventude.

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