Um vendedor ambulante, autuado no último dia 25 de janeiro, em Araraquara, procurou a Polícia Civil para denunciar o “desaparecimento” de parte do material apreendido pela Guarda Civil Municipal (GCM).
Em depoimento à polícia, ele disse que não tinha autorização para o comércio ambulante em Araraquara e que, por isso, teve as mercadorias apreendidas durante abordagem da GCM na Avenida Porfírio Marques de Andrade, no Jardim Imperador.
Na última quarta-feira, o ambulante apresentou as notas fiscais, pagou a multa de R$ 865,20 pela infração e dirigiu-se à Prefeitura de Araraquara para reaver a mercadoria, mas apenas uma parte dos produtos foi recuperada. No Termo de Devolução, ele acusa a falta de 14 tapetes, 5 redes, 6 mantas, 1 rede cama e 1 balanço. Os produtos “desaparecidos” estão avaliados em cerca de R$ 20 mil, segundo o vendedor.
Em entrevista ao Jornal da Morada, João Alberto Nogueira Júnior, secretário municipal de Cooperação dos Assuntos de Segurança Pública, afirma que a responsabilidade da Guarda Civil Municipal se encerra com a apreensão das mercadorias, que são encaminhadas para um depósito localizado na antiga sede da Companhia Troleibus Araraquara (CTA), na Fonte Luminosa, sob responsabilidade do setor de Posturas.
Por meio de nota, a Prefeitura de Araraquara informou que, tanto os Guardas Municipais, como os fiscais de posturas do Município, “atuam de forma correta ao apreenderem mercadorias sem alvará e depositarem no espaço designado pela administração para isso, que é o prédio da antiga CTA”, que é trancado, e fiscalizado.
Sobre a denúncia de que parte das mercadorias não foi devolvida ao comerciante, a Secretaria de Cooperação dos Assuntos de Segurança afirma que já solicitou a abertura de um Boletim de Ocorrência para que a Polícia Civil investigue o caso. As câmeras no entorno do depósito serão fornecidas para ajudar nas investigações.
A Prefeitura informa ainda que abrirá sindicância para apurar o fato e os responsáveis serão punidos de acordo com as leis vigentes.
