Atualizada em 31/10/2018, às 8h02
A APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo – divulgou uma nota, na tarde desta terça-feira (30), denunciando que “grupos conservadores”, principalmente ligados ao movimento “Direita Araraquara”, vem se infiltrando e agindo no interior de escolas públicas estaduais para pressionar e ameaçar professores.
Segundo a nota, esses grupos, que defendem o projeto de “escola sem partido”, atacam a liberdade de cátedra dos professores, “querendo impedi-los de trabalhar os conteúdos disciplinares e de promover debates sobre questões fundamentais para a formação dos estudantes, de acordo com o projeto político-pedagógico das escolas”, diz o texto.
A reportagem tentou obter detalhes das denúncias, tais como o número de ocorrências e as unidades em que as ameaças aconteceram, mas não conseguiu contato com a direção do sindicato.
“O papel dos professores na nossa sociedade é insubstituível e fundamental. Nossa categoria merece respeito e precisa ser valorizada de acordo com o seu papel social. É inaceitável e criminosa esse tipo de perseguição e assédio contra os professores, em prejuízo da formação de nossos jovens”, encerra a entidade.
Em sua página oficial no facebook, o grupo DSP (Direita São Paulo) afirma que as acusações são inverídicas. “A nota em questão tem como principal alicerce, premissas totalmente incongruentes com a verdade, sem qualquer material probatório apto a comprová-las, seja a suposta infiltração no seio das escolas públicas estaduais para coagir professores, seja para obstar esses de lecionarem”, afirma.
O grupo, no entanto, defende a postura de Ana Caroline Campagnolo, deputada estadual de Santa Catarina, que provocou polêmica ao pedir que alunos gravem vídeos para denunciar professores que estejam promovendo doutrinação durante as aulas. “Ana Caroline Campagnolo (PSL), abriu um canal informal de denúncias na internet para fiscalizar professores em sala de aula, a fim de garantir aos pais e alunos o direito de terem uma boa prestação de serviços educacionais, o que de fato vem trazendo incômodos a professores”, defende o movimento.