Depois de encerrar o ano de 2018 como a segunda cidade do Estado de São Paulo com o maior número de casos de dengue, Araraquara começa 2019 com o mesmo ritmo desfavorável na saúde pública.
Nos primeiros 15 dias do novo ano a Secretaria Municipal de Saúde confirmou 50 casos da doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti e outros 46 casos suspeitos são notificados por dia na três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Os números elevam negativamente a cidade ao patamar de risco epidêmico.
O município de Araraquara terminou 2018 com 1050 casos de dengue – doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Com um número maior de casos, somente o munícipio de Santo Antônio da Posse, com 871. Em seguida aparece Andradina, com 798 casos, e São José do Rio Preto, que somou 597 confirmações no ano passado.
A situação preocupa autoridades sanitárias, uma vez que, com o verão, os locais com maior incidência de dengue tornam-se vulneráveis a uma tripla ameaça de vírus transmitidos por mosquitos: dengue tipo 2, chikungunya e febre amarela.
Em recente contato com a imprensa, a secretária municipal de Saúde, Eliana Honain, disse que desde agosto de 2018 coordena a Sala de Situação da Dengue do Município, grupo que reúne várias secretarias e órgãos na articulação de ações de prevenção e combate à dengue. Ela disse ainda que várias ações estão sendo realizadas para eliminar criadouros do Aedes aegypti.
“As ações incluem bloqueios casa a casa dos agentes de vetores para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, atividades de nebulização e mutirões, além do trabalho de Avaliação de Densidade Larvária (ADL). E é justamente a ADL que traz à tona um dado bastante alarmante: 80% dos criadouros do mosquito estão nos quintais das residências que têm moradores. Ou seja, a população precisa se envolver”, ressaltou.
Como agravante, o vírus que está circulando hoje e causando a dengue é o vírus tipo 2. Nos anos anteriores, todas as pessoas que tiveram dengue foi do vírus tipo 1. “Quando você tem dengue de um tipo de vírus, deste você fica imune. Mas, como o vírus que circula este ano é outro, mesmo aqueles que já tiveram dengue, não estão imunes.”
