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Câmara ignora opinião pública e mantém silêncio sobre salário

Na quarta sessão ordinária do ano, mesmo com o plenário lotado, vereadores de Araraquara evitaram o assunto nesta terça (7)
Na quarta sessão ordinária da atual legislatura, realizada nesta terça-feira, dia 7, na Câmara Municipal de Araraquara, os vereadores preferiram ignorar a opinião pública e, mais uma vez, evitaram colocar em discussão a possibilidade de reduzir seus salários de R$ 8.000 para R$ 6.500, pago até o final de 2016. Dezenas de pessoas ocuparam o plenário principal, enquanto outras, acompanharam a reunião do Plenarinho, ao lado, mas não houve protesto.
 
Alguns dos vereadores, como Thainara Faria (PT) e Jeferson Yashuda (PSDB) optaram por apresentar slides com imagens de visitas à órgãos públicos e números de atendimentos em seus gabinetes, possivelmente, como forma de defender a manutenção do atual subsídio.
 
Mas, apesar do silêncio dos parlamentares em plenário, nas ruas o assunto ganha força e mexe com a opinião do eleitor. Nesta terça-feira teve início em Araraquara uma ação da sociedade organizada com o objetivo de forçar os vereadores a colocar em pauta a redução salarial. 
 
Segundo líderes do movimento, durante todo o dia foram coletadas mais de 600 assinaturas de pessoas inconformadas com o subsídio de R$ 8 mil. A mobilização deve continuar todas as terças no mesmo local. “Na sessão do dia 14 vamos utilizar a Tribuna Popular [da Câmara] e mostrar aos vereadores que a população não concorda com esse salário, portanto, o assunto deve ser discutido. Mas sabemos que os vereadores vão manter a defesa da manutenção do salário”, disse Célio Peliciari, militante do movimento Transporte Justo. 
 
Outros grupos organizados, como Movimento Reage Araraquara, Vem Pra Rua, além de representantes do movimento estudantil e do SISMAR também participam da mobilização. “Estamos acostumados com a militância e sabemos que, muitas vezes, precisamos insistir muito para conseguir o objetivo. Hoje focamos apenas na coleta de assinaturas, mas a mobilização vai crescer nas próximas sessões”, acredita Peliciari. 
 
A presidência da Câmara reforçou a segurança durante a sessão com homens da Guarda Municipal e empresa privada, desde a entrada da Casa até a porta do Plenário, mas não houve tumulto.

 

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