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Casa das Rosas leva poesia concreta para o espaço virtual

Em novembro, rede dará espaço também para debates sobre gênero e a formação de um novo centro cultural

O Núcleo de Ação Educativa da Casa das Rosas, Casa Guilherme de Almeida e Casa Mário de Andrade, instituições da Secretaria de Cultura e e Economia Criativa do Estado de São Paulo, organiza, durante o mês de novembro, uma série de encontros sobre gênero, poesia concreta e as transformações de uma residência em um museu-casa.

As conversas serão transmitidas pelo Facebook e pelo YouTube das três instituições, sempre a partir das 16h30. Veja abaixo a programação.

Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura

Em Conversa sobre Poesia Concreta, André Bispo, graduado em Filosofia com extensão universitária em Museologia e educador no museu, abordará o movimento da poesia concreta iniciado pelos poetas Haroldo de Campos, Augusto de Campos e Décio Pignatari. No dia 4 de novembro, Bispo mostrará como o movimento vanguardista expandiu o modo de relação com as palavras e significados por meio do poema visual, além da proposição educativa “Palavra, forma e sentido” para o público identificar possibilidades de criação de poemas visuais em casa.

Nos dias 7 e 14 de novembro, o museu realiza o curso “Educação pela poesia das coisas”, direcionado para professores e educadores em geral via Google Meet. Aos sábados, das 15h às 17h, Alexandra Rocha, coordenadora do Núcleo Educativo da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, e Julio Mendonça, coordenador do Centro de Referência Haroldo de Campos, apresentarão a poesia de Haroldo de Campos – patrono da Casa das Rosas, ensaísta, tradutor e um dos criadores da poesia concreta. A atividade também irá propor modos de sua aplicação em ações educativas. As inscrições estão abertas pelo site do museu.

Casa Guilherme de Almeida

Ana Lídia Teberga e Maryangela Barbieri, educadoras na Casa Guilherme de Almeida, convidam o historiador Guilherme Lopes Vieira para uma conversa sobre a pesquisa: a fabricação de um museu-casa (1969-1979), que ele desenvolveu tendo como referência os fatores que levaram à  transformação da antiga residência do poeta, localizada no bairro Perdizes, em espaço museológico biográfico e literário, a partir da investigação do contexto político que propiciou a criação da instituição. O encontro virtual ocorre no dia 6 de novembro. Vieira é técnico em Museologia pelo Centro Paula Souza de São Paulo e Mestre em História pela UNIFESP.

A série Mulheres do acervo do museu-casa literário apresenta informações sobre a vida e a obra da pintora modernista Moussia Pinto Alves, que participou ativamente do movimento modernista em São Paulo. Nascida na Rússia, Moussia foi escultora, pintora, gravadora e designer de joias. No dia 20 de novembro, a atividade será apresentada por Rafael Veloso, licenciado em Letras – Língua portuguesa e Linguística pela FFLCH-USP, com experiência em tradução-interpretação de Libras e educador na Casa Guilherme de Almeida.

Casa Mário de Andrade

O Ciclo Gênero e Sexualidade conta com duas atividades do Núcleo de Ação Educativa em novembro, com coordenação do educador Arthur Major, formado em História (FFLCH-USP), professor de cursinhos populares e educador da Casa Mário de Andrade.

No dia 5 de novembro, a representação da mulher indígena na obra de Mário de Andrade será a atividade a partir da obra clássica do escritor, Macunaíma (1928), focada na representação da mulher indígena na história da literatura brasileira, assim como a produção autoral de mulheres indígenas. A conversa terá como convidadas Fernanda Vieira, de origem Xokó, doutoranda em Estudos de Literatura na UERJ, ativista, escritora, professora, tradutora e fundadora da ikamiaba.com.br, site que divulga literaturas Indígenas e pesquisas relacionadas no Brasil e no mundo; e Francis Mary Rosa, doutoranda em Educação e Contemporaneidade do PPGEduC- UNEB, Mestra em Crítica Cultural pela Universidade Estadual da Bahia e professora.

Em Amar, verbo intransitivo, mesmo nome do romance de Mário de Andrade dos anos 1920, a conversa será sobre a representação da prostituição na literatura brasileira e na literatura erótica. A atividade será no dia 19 de novembro e contará com  Aline Leal, pós-doutoranda em Letras da PUC-Rio e autora de obras como Sob o sol de Hilda Hilst e Georges Bataille (PUC-Rio/Azougue, 2018) e Caroço (7 Letras, 2016); e Luisa Destri, doutora em Literatura Brasileira pela USP e mestra em Teoria e História Literária pela Unicamp, com pesquisas sobre a poesia brasileira do século XX, em especial as obras de Hilda Hilst e Murilo Mendes, além de ser coautora da biografia “Eu e não outra – a vida intensa de Hilda Hilst”.

Confira aqui mais detalhes da programação on-line da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo.

 

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