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Começa coleta de assinaturas pela redução de custos na Câmara

Movimento teve início na manhã desta terça-feira (7) em Araraquara e centenas de pessoas já apoiaram a iniciativa
Um movimento popular com o objetivo de reduzir os custos da Câmara Municipal de Araraquara acontece no centro da cidade desde a manhã desta terça-feira, dia 7. A proposta pretende iniciar a redução pelo salário dos vereadores. 
 
A intenção de Movimentos Sociais organizados, que lideram a mobilização, é coletar o maior número possível de assinaturas de eleitores e pressionar o Legislativo a reduzir para R$ 6.500 o subsídio dos parlamentares, reajustado em setembro de 2016 para R$ 8.000.
 
A mobilização no centro de Araraquara teve início às 09h00 da manhã de hoje, com a instalação de uma barraca na frente do prédio da Câmara, na Rua São Bento (Rua 3). Centenas de pessoas já tinham assinado o manifesto até o início da tarde. 
 
Por volta de 14h30 a pensionista Maria Noeme Leonardo passava pela calçada da Câmara e aproveitou para apoiar a iniciativa popular. E prometeu estar presente na sessão, que começa às 18h00. “Eles [vereadores] não são obrigados a cumprir horário, tem apenas uma sessão por semana e ganham R$ 8 mil. Não é justo. Sou esposa de militar aposentado, que está sem aumento desde 2014”, reclamou. 
 
A dona de casa Ernestina Rosa Riolfe também não concorda com o salário de R$ 8 mil dos vereadores e foi mais uma a assinar a manifesto. “O povo tem que participar dessas coisas, cobrar mais os políticos porque eles gastam demais. Meu esposo é aposentado e vivemos com menos de R$ 2 mil por mês. O que eles [vereadores] ganham é muito.”
 
O estudante Mateus Tedesco Martins também fez questão de registrar seu apoio a mobilização. E disse que os políticos deveriam antes de aumentar seus salários brigar pela valorização de outras categorias, como profissionais da educação e militares. “Deveriam lutar para melhorar o salário do professor e do policial. Agora aumentar o salário deles, políticos, é fácil”, criticou o jovem.
 
Recentemente, em entrevista ao Jornal da Morada, o promotor Raul de Mello Franco afirmou que não há impedimento jurídico para uma proposta de redução de salários, já que a medida seria de interesse coletivo. “Se a ideia é economizar, não há limitação para diminuição de salários. Se quiserem mudar para menos, ninguém vai se voltar contra isso, muito menos o Ministério Público”, declarou o promotor.
 
A sessão ordinária desta terça-feira começa logo mais às 18h00. Movimentos Sociais como Reage Araraquara, Transporte Justo e  Vem Pra Rua, além de representantes do movimento estudantil e do SISMAR prometem ocupar a Câmara e cobrar a discussão pela redução de salário dos parlamentares.
 

 

Chico

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