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Confira a seleção do Paulistão 2016

Time ideal conta com seis atletas do Santos; Jogadores de Audax, Corinthians e Red Bull Brasil completam a lista

Grande campeão Paulista de 2016, o Santos emplacou seis jogadores na Seleção do Paulistão 2016. A eleição foi realizada com dezenas de jornalistas de todo o Estado de São Paulo.

Completam a seleção atletas do Audax, vice-campeão, do Corinthians e do Red Bull Brasil. Veja a lista:

Vanderlei (Santos); Fagner (Corinthians), Felipe (Corinthians), Gustavo Henrique (Santos) e Zeca (Santos); Thiago Maia (Santos), Camacho (Audax), Tchê Tchê (Audax) e Lucas Lima (Santos); Gabriel (Santos) e Roger (Red Bull Brasil). O técnico mais votado foi Fernando Diniz, do Audax.

Veja o perfil dos selecionados:

Vanderlei

Em seu segundo ano pelo Santos, Vanderlei teve a chance de jogar pela primeira vez a final do Campeonato Paulista. Em 2015, ele chegou ao alvinegro, mas uma lesão ainda na primeira fase o tirou do restante da competição. Em 2016 foi titular em todos os jogos da equipe na competição e sofrendo apenas 17 gols e passando em branco em oito oportunidades.

Vanderlei começou sua carreira no Londrina, onde jogou em 2004 e 2005. Em 2006 teve sua primeira experiência no futebol paulista defendendo o Olímpia. Na disputa da Série A2 ele foi titular, mas a equipe acabou rebaixada.

Retornou ao Paraná para jogar pelo Paranavaí, onde sua carreira começou a decolar. Pelo time do interior, foi campeão estadual em 2007. Suas atuações chamaram a atenção do Coritiba, que o contratou. Pelo time alviverde teve sequência entre 2008 e 2009, mas uma lesão o fez perder a posição para Edson Bastos. Em 2011 recuperou a posição e ficou com a camisa 1 até o fim da sua passagem pelo clube, completando mais de 300 jogos com a camisa alviverde.

Pelo Coritiba, Vanderlei conquistou a Série B do Campeonato Brasileiro em 2007 e 2010, além dos estaduais de 2008, 2010, 2011 e 2013.

Fagner

Fagner foi revelado pelo próprio Corinthians em 2006, aos 17 anos. Então promissor, o lateral não conseguiu se firmar e foi emprestado ao Vitória. No time baiano, não teve muitas oportunidades. Surgiu então a proposta para se transferir para o futebol europeu.

Contratado no meio de 2007 pelo PSV, o atleta fez parte da conquista do título holandês, mas atuando muito pouco. A oportunidade de voltar ao Brasil veio através do Vasco. Reserva durante boa parte da campanha do título da Série B em 2009, Fagner permaneceu para 2010 se tornando titular.

Em 2011 o atleta voltou a ser campeão com a camisa cruzmaltina, vencendo a Copa do Brasil. Também foi eleito o melhor atleta da posição no Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, Fagner já era um dos principais jogadores do Vasco. As boas atuações chamaram a atenção novamente do futebol europeu.  Pelo Wolfsburg, o atleta jogou a temporada 2012/2013 como titular, mas perdeu espaço e retornou ao Vasco para o resto da temporada 2013.

Sem muito dos companheiros de antes, Fagner foi titular do Vasco na campanha que culminou no rebaixamento da equipe. Com proposta do Corinthians para voltar, Fagner aceitou o desafio de voltar ao clube que o formou. Com a camisa alvinegra, foi campeão brasileiro em 2015. Antes já havia sido eleito para a Seleção do Paulistão em 2015.

As atuações pelo estadual e Libertadores em 2016 formam muito boas, fazendo o jogador ser novamente eleito o melhor lateral do Paulistão Itaipava pelas 13 partidas e dois gols marcados no torneio, além de ser chamado na pré-lista de Dunga para a Copa América.

Gustavo Henrique

Fruto das categorias de base do Santos, Gustavo Henrique fez parte de uma histórica geração dos ‘Meninos da Vila’. Campeão Paulista Sub-17 em 2010, Sub-20 em 2012 e da Copa São Pauo de Futebol Júnior em 2013, o zagueiro foi alçado ao time principal por Claudinei Oliveira, embora já tivesse estreado em 2012.

Titular da zaga santista ao término de 2013, Gustavo Henrique iniciou o estadual de 2014 na mesma condição. Uma lesão ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito, porém, o tirou das finais do Campeonato Paulista e do resto da temporada. Voltou em 2015 e defendeu a Seleção Brasileira nos Jogos Pan-Americanos, se tornando uma das opções para a Seleção Olímpica.

No Paulistão Itaipava 2016, jogou 18 das 19 partidas, ficando de fora apenas da última partida da primeira fase por cumprir suspensão pelo terceiro amarelo.

Felipe

A crescente na carreira do zagueiro corintiano Felipe foi reconhecida com a premiação de melhor zagueiro do estadual. Mesmo com o Corinthians eliminado na semifinal, Felipe foi destaque, com 12 jogos no estadual, sendo que em oito o time não sofreu gols.

Felipe praticamente não teve categoria de base. O atleta chegou ao União Mogi em 2009 após uma indicação de seu técnico do Valtra, clube em que o atleta disputava jogos ao fim de semana. Após disputar o Sub-20 em 2008, foi promovido ao profissional do clube em 2010.

Sem chamar muito a atenção, Felipe gravou um DVD com seus lances na Segunda Divisão 2010. A mídia chegou até Marcelo Veiga, técnico do Bragantino, que recomendou a contratação do atleta. Após iniciar o ano na reserva, o atleta teve a chance de ser titular na campanha da Série B do Campeonato Brasileiro de 2011.

Se em dois anos a carreira do atleta já tinha dado um grande passo, ele foi ainda maior em 2012, quando foi contratado pelo Corinthians. Em um dos melhores anos da história do Corinthians, Felipe fez parte do elenco campeão da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes, mas atuou em apenas quatro partidas no ano.

Em 2013 o número de jogos aumentou para 14 e a equipe foi campeã paulista. Em 2014, com as saídas de Cléber e Anderson Martins, Felipe assumiu a titularidade, mas sofreu críticas por parte da torcida. Ainda na pré-temporada 2015, ganhou a concorrência de Edu Dracena, mas seu bom início de temporada o manteve ao lado de Gil como titular na zaga que conquistou o título do Campeonato Brasileiro. Com a saída de Gil, Felipe se tornou o principal zagueiro do Corinthians, mantendo o bom nível e chamando a atenção de Dunga, que o chamou pela primeira vez para a Seleção Brasileira. 

Zeca

Mais uma revelação das categorias de base do Santos, Zeca está no clube desde 2011. Bicampeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior com o clube, em 2013 e 2014, o atleta estreou no profissional no Paulistão 2014.

Em 2014 o jogador atuou em 18 jogos. No início da temporada 2015, o atleta não foi muito aproveitado e atuou apenas em três partidas no estadual. Sem espaço, o atleta quase foi negociado com o futebol norte-americano, mas a chegada de Dorival Júnior mudou os planos e ele permaneceu na Vila Belmiro.

Com o novo técnico, Zeca se tornou titular. Fez parte do elenco vice-campeão da Copa do Brasil e com boas atuações no Paulistão Itaipava foi eleito o melhor lateral esquerdo do torneio. Aos 21 anos, ele também já foi convocado para a Seleção Sub-23 e pode ser um dos convocados para a Seleção que disputará os Jogos Olímpicos.

Thiago Maia

Único jogador sub-20 na Seleção do Paulistão Itaipava, Thiago Maia é o titular do Santos desde 2015. Ele ganhou espaço após a lesão do companheiro Alisson e se firmou na posição, fazendo parte da equipe que foi vice-campeã da Copa do Brasil.

Sua estreia pelo clube foi em 2014, quando atuou contra a Chapecoense pelo Campeonato Brasileiro. Em 2015, o atleta ficou na reserva em apenas um jogo no estadual. Após entrar em quatro jogos no Brasileirão 2016, virou titular na nona rodada e não saiu mais do time.

Pela Seleção Brasileira o atleta disputou o Sul-Americano e Mundial Sub-17 em 2013, o Sul-Americano Sub-20 em 2015. Também já foi convocado para a Seleção Olímpica e pode estar presente nos Jogos Rio 2016.

Camacho

Revelado pelo Flamengo, onde chegou em 1999, Camacho sempre chamou a atenção nas categorias de base do rubro-negro.  A estreia no profissionalismo, porém, foi no Paraná, clube que pegou o jogador por empréstimo.

De volta ao Flamengo em 2009, o meia fez parte do elenco profissional que foi campeão brasileiro e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira Sub-20. Em 2010, iniciou o ano no Flamengo, mas na segunda parte do campeonato nacional defendeu o Goiás. Sem convencer no seu clube, em 2011 o jogador foi novamente emprestado, desta vez ao Bahia. No clube tricolor teve boa sequência e voltou ao Flamengo mais experiente.

Com atuações apenas regulares no estadual e Libertadores, o jogador perdeu espaço no elenco e foi utilizado poucas vezes no Brasileirão 2012. Ao final do ano, passou por uma cirurgia para corrigir um problema vascular. Em sua volta, novamente não conseguiu sequência e foi emprestado ao Audax Rio para a reta final do estadual e permaneceu para a disputa da Copa Rio.

Em 2014, o jogador trocou o Audax Rio pelo Audax paulista. Não demorou para o atleta se encaixar no esquema de Fernando Diniz e foi titular em 13 dos 15 jogos da equipe na competição. No segundo semestre disputou a Série C pelo Guaratinguetá através da parceria com o Audax. Em 2015, mais uma vez foi titular no Paulistão pelo Audax. No segundo semestre defendeu o Botafogo, participando de 17 jogos da campanha do título do time carioca.

Pelo Paulistão Itaipava 2016, Camacho disputou 18 dos 19 jogos, marcou dois gols e comandou o meio-campo do time de Fernando Diniz.

Tchê Tchê

Revelado pelo próprio Audax, Tchê Tchê foi eleito um dos melhores meias e a revelação do campeonato. Com passagem pelas categorias de base do clube, Tche Tche subiu ao profissional em 2011. Em 2012 já era titular da equipe que quase conquistou o acesso e foi vice-campeã da Copa Paulista.

Com a chegada de Fernando Diniz em 2013, Tchê Tchê seguiu como titular na campanha do acesso da equipe. Em 2014, começou o Paulistão como titular, mas perdeu a posição no decorrer do campeonato.  Junto com o restante do elenco, foi defender o Guaratinguetá na Série C de 2014. As boas atuações chamaram a atenção da Ponte Preta.

A transferência para o clube campineiro, porém, não rendeu bem ao atleta. Ele fez apenas um jogo e foi emprestado ao Boa Esporte para a Série B. Na equipe mineiro, novamente não rendeu e participou de apenas três partidas.

De volta ao Audax e já conhecedor do esquema de Fernando Diniz, voltou a boa forma e participou de 18 jogos da equipe no Paulistão Itaipava 2016, marcando um gol na semifinal contra o Corinthians.

Lucas Lima

Um dos dois remanescentes da seleção do campeonato de 2015, Lucas Lima segue em alta e entre os melhores meias do País. No Paulistão Itaipava 2016, o meia foi titular em 16 jogos e marcou dois gols. Novamente eleito o melhor meia do torneio, desta vez ele também fatura o prêmio de Craque do Paulistão Itaipava.

Revelado pela Inter de Limeira, o meia chamou a atenção do Internacional (RS), que o contratou. Sem espaço no time gaúcho, defendeu a camisa do Sport (PE) pela Série B do Campeonato Brasileiro em 2013.

No ano seguinte, Lucas Lima chegou ao Santos. Após um início onde teve poucas oportunidades – no estadual atuou apenas quatro vezes – o jogador começou a ganhar espaço no início do Campeonato Brasileiro para não mais sair da equipe.

A boa fase seguiu em 2015 e após ser eleito o melhor meia do Paulistão Itaipava o jogador foi convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira. Ao todo o jogador já fez mais de 100 jogos com a camisa santista, além de oito jogos pela Seleção.

Roger

Aos 31 anos, o atacante Roger aceitou o desafio de disputar o Paulistão Itaipava pelo Red Bull. A missão era ser referência na jovem equipe de Campinas. Com a camisa nove, Roger jogou 15 dos 16 jogos e marcou em 10 deles. Ao todo, foram 11 gols, que o colocaram como artilheiro do campeonato . Os bons números fizeram com que os jornalistas votassem nele para ser um dos atacantes da Seleção do Paulistão Itaipava e o Craque do Interior.

A história de Roger é marcada por muitas andanças. O atacante apareceu bem na Ponte Preta,  onde jogou entre 2003 e 2005. Com bons números, foi contratado pelo São Paulo. Na equipe tricolor, fez parte do elenco que conquistou a Copa Libertadores. No ano seguinte, acabou negociado com o Palmeiras.  Sem conseguir sua melhor forma, Roger deixou a capital e voltou para a Ponte Preta em 2007, antes de ir para o Al Nasr dos Emirados Árabes.

As mudanças de clube não paravam. Sport (2008), Fluminense (2009), Vitórias (2009), Guarani (2010), Kashiwa Reysol (2010), Ceará (2011), Ponte Preta (2012), Spor (2013), Atlético Paranaense (2013), Suwon Bluwings da Coréia do Sul (2014), Chapecoense (2015) e Bahia (2015).

A boa campanha no  Red Bull no Paulistão Itaipava 2016 fez com que o jogador voltasse novamente para a Ponte Preta. Será sua quarta passagem pelo clube que o revelou.

Gabriel

“Menino da Vila, santista e cruel, vai para cima, Gabriel!”. Assim a torcida santista canta para o jovem atacante de apenas 19 anos, principal revelação do Santos depois de Neymar. No Paulistão Itaipava 2016, Gabriel, o Gabigol, foi um dos principais jogadores do Santos na campanha do título. O atacante atuou em 16 jogos e marcou sete gols, terminando co artilheiro da equipe ao lado de Ricardo Oliveira.

Esta foi a primeira vez que Gabriel foi eleito para a Seleção do Campeonato. O atacante também já foi artilheiro da Copa do Brasil em 2014 e 2015. A boa fase também o fez ser chamado por Dunga para compor o elenco da Seleção na Copa América no próximo mês. Gabriel também é a aposta brasileira para a inédita medalha de ouro na Olimpíada.

Fernando Diniz

Um dos técnicos mais promissores do futebol brasileiro, Fernando Diniz destoa da maioria de seus companheiros. Apostando na filosofia de posse de bola, toque de bola e movimentação, o técnico já traçou um bom caminho no futebol paulista. O vice-campeonato estadual com o Audax fez com que ele fosse quase unanimidade na eleição de melhor técnico.

Diniz começou sua carreira no Votoraty em 2009. Logo em seu primeiro ano como treinador conquistou a Série A3 e a Copa Paulista, levando o novato time ao cenário nacional na disputa da Copa da Brasil. Trocou Votorantim por Jundiaí em 2010 e repetiu o título da Copa Paulista pelo Paulista.

Em sua primeira experiência na elite, Fernando Diniz não conseguiu chamar a atenção no Paulista e acabou demitido. No mesmo ano, comandou o Botafogo na Série A1, mas em quatro jogos não conseguiu agradar e foi novamente demitido.

Retornou para a divisão de acesso dirigindo o Atlético Sorocaba em 2012. Mais uma vez fez bom trabalho e conquistou o acesso. Apesar disso, o time o dispensou antes da disputa do Paulistão. Livre no mercado, acertou com  o Audax e começou a sua trajetória na equipe. Acumulou mais um acesso em 2013 e logo no ano de estreia da equipe na eite, Diniz já chamou a atenção por seu estilo de jogo. Nos segundos semestres de 2014 e 2015 passou por Guaratinguetá, em um acordo firmado com o Audax, e Paraná, respectivamente.

 

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