Todos os 20 clubes que disputarão a elite do Campeonato Paulista em 2016 já tem técnico definido. No ano que vem teremos um Estadual eclético. Muitos treinadores da nova geração. Que priorizam os estudos. Mas também com a presença de nomes consagrados, caso de Tite, Dorival Júnior e Marcelo Oliveira. Tem até argentino entre os comandantes do regional mais difícil do país.
Estudar futebol é necessário. Conceitua o profissional e aumenta as chances de conquistas na carreira. Basta ver o número de técnicos formados e que vem se especializando em São Paulo. Evaristo Piza comandará o Capivariano pelo segundo ano consecutivo na elite. Formado pela Unicamp, o treinador também tem na sua retaguarda auxiliares competentes, caso de Nerí Caldeira, ex-Fenerbaçe, da Turquia.
Piza deixou o Capivariano após o Estadual deste ano e fez ótimo trabalho no Mirassol, onde chegou até a semifinal da Copa Paulista (Linense foi campeão em cima do Ituano). De lá retornou a Capivari para conduzir o time na Primeira Divisão. Indicou jogadores de confiança e quer repetir o feito de 2015: manter o Leão da Sorocabana na elite.
Outro mantido para o Paulistão foi Tarcísio Pugliese. Ele já dirigiu o Ituano no Estadual deste ano e no segundo semestre foi vice-campeão da Copa Paulista. O treinador é formado e é exemplo para os jovens que fazem Educação Física e que almejam alcançar o mesmo posto. Não à toa é procurado para dar palestras, bem como dá dicas em sua página oficial no Facebook. Tem a confiança do gestor Juninho Paulista.
Neste mesmo nível também encontram-se Sérgio Vieira, da Ferroviária; Vinicius Eutrópio; e Maurício Barbieri. O primeiro é português e tem feito sucesso à frente das categorias de base do Atlético-PR. Dirigiu o Guaratinguetá na última Série C e livrou o time do rebaixamento. Em 2015 foi para a Ferrinha numa parceria do clube com o Furacão. E expectativa é enorme.
Vinicius Eutrópio foi anunciado recentemente para dirigir a Ponte Preta. Fez ótimo trabalho na Chapecoense e chega com a missão de levar a Macaca ao seu primeiro título. Começou como auxiliar no Fluminense e ainda trabalhou na comissão técnica da África do Sul em 2010. Ainda tem no curriculo passagem pelo Estoril, de Portugal; Figueirense e América-MG.
Não podemos esquecer de Guilherme Alves, ex-atacante de Corinthians e Atlético-MG que vem fazendo grande trabalho no Novorizontino. Subiu o time na Série A2 de 2015 e foi mantido. Guilherme não abre mão dos estudos e cursos para treinadores. Por isso só tem colhido bons frutos. O mesmo vale para Renan Freitas, que livrou o Oeste do rebaixamento à Série C neste ano e que teve seu contrato renovado.
Também estudiosos, mas já consagrados e rodados no interior paulista aparecem Paulo Roberto, Luís dos Reis, Roberto Fonseca e Toninho Cecílio. Paulo dirigirá o São Bento e mesmo com uma folha salarial baixa trouxe jogadores de qualidade e sonha em ser o ‘azarão’ do campeonato. Sabe que é difícil, mas não impossível. Ele já comandou o Bentão em 2015 e fez boa campanha. O suficiente para deixar o time na elite.
Luís dos Reis dirigiu o Marília neste ano e sofreu com a falta de comprometimento dos dirigentes que estavam à sua frente. Em 2016 será o treinador do Rio Claro, que apostou numa nova filosofia de trabalho. No ano que vem o elenco terá muitos jovens. Esbanjará saúde e colocará os adversários para correr. Tudo isso agregando qualidade no passe e disciplina tática. É o que também promete o presidente Luiz Balbo.
Roberto Fonseca dirigiu o São Bernardo em 2015 e deixou o clube já acertado para 2016. Tem a confiança do presidente Luiz Fernando. Por fim, Toninho Cecílio salvou o XV do rebaixamento em 2015 e aceitou o desafio em fazer o mesmo com o Mogi Mirim, que entrará no campeonato como um dos favoritos a retornar à Série A2. Os maiores problemas são: falta de dinheiro e briga política. Muito cacique pra pouca tribo.
Os quatro grandes de São Paulo serão dirigidos por técnicos experientes. O Corinthians segue com Tite, disparado o melhor técnico do futebol brasileiro. Levou o Timão ao hexacampeonato Nacional em 2015 e quer mais em 2016. Começando pelo Campeonato Paulista e passando por Libertadores, Copa do Brasil e por fim Brasileirão. Nas mãos de Tite o Timão é outro. Tem cara de campeão.
O título da Copa do Brasil ajudou na renovação de contrato do técnico Marcelo Oliveira no Palmeiras. Muito contestado durante a temporada, ele não conseguiu regularidade. Agora espera por reforços de qualidade, já que agora terá a missão de fazer bonito com o time na Libertadores, competição que o time amarga um longo jejum – foi campeão pela primeira e única vez em 1999.
O Santos seguirá com Dorival Júnior e seus meninos e o São Paulo apostou no argentino Edgardo Bauza, que estava no San Lorenzo. Bauza foi campeão da Libertadores com a LDU, do Equador, e chega como voz experiente e bagagem para conduzir o time em competições difíceis. Promete um elenco qualificado e com sangue nos olhos para levar taças.
Confira os técnicos do Paulistão 2016:
Água Santa – Márcio Ribeiro
Botafogo – Marcelo Veiga
Capivariano – Evaristo Piza
Corinthians – Tite
Ferroviária – Sérgio Vieira
Ituano – Tarcísio Pugliese
Linense – Moacir Júnior
Mogi Mirim – Toninho Cecílio
Novorizontino – Guilherme Alves
Oeste – Renan Freitas
Osasco Audax – Fernando Diniz
Palmeiras – Marcelo Oliveira
Ponte Preta – Vinicius Eutrópio
Red Bull – Maurício Barbieri
Rio Claro – Luís dos Reis
Santos – Dorival Júnior
São Bento – Paulo Roberto
São Bernardo – Roberto Fonseca
São Paulo – Edgardo Bauza
XV de Piracicaba – Claudinho Batista