Cristiana teve uma infância feliz. Quando completou 13 anos, conheceu um rapaz e fugiu. O sofrimento começaria ali.
Engravidou aos 14 anos e teve sua primeira filha, depois o segundo e o terceiro.
O filho caçula ficou doente, pele e osso. Tinha raquitismo. A mãe, vendo o menino sofrer, pediu a Deus que o levasse. Não era hora. O garoto se recuperou.
Cristiana teve problemas com o marido e a sogra, que resolveram tirar o garoto da casa dela. Semanas se passaram e a saudade que ela sentia do filho doía.
A sogra faleceu e o pai foi obrigado a devolver o filho para a mãe. Ele não era uma figura presente e era Cristiana que fazia tudo pelas crianças.
A mãe dedicada trabalhava como faxineira. Era querida pelos patrões e não deixava nada faltar – ganhava alimentos para o sustento dos filhos. Foi mãe e pai e deu educação a eles.
Um dia, Cristiana ficou doente. A enfermidade foi se agravando, o corpo enfraqueceu e ela ficou obesa. O trabalho exigia a saúde que ela não tinha.
Ao deixar o emprego, foi cuidar de uma tia que havia sido abandonada pelos filhos após ter um AVC.
Mesmo com dores, cuidou da tia com muito amor por quatro anos, até ela falecer devido a Covid-19.
Cumprindo papel de pai e mãe, Cristiana não ficou sozinha. Os três filhos sempre estiveram ao lado dela, orgulhosos pela sua valentia diante das dificuldades.
No calendário da família de Cristiana, existem três dias de muita comemoração: dia dos pais, seu aniversário e o dia da guerreira, o dia das mães.
De segunda a sexta, uma história por dia na programação da Rádio Cultura durante o mês das mães. Saiba mais sobre a história da Cristana no nosso último programete especial: https://bit.ly/3vvT41f