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DAAE busca recursos para recuperar ETE

Em funcionamento há 18 anos, Estação de Tratamento de Esgotos opera com cerca de 60% de eficiência

Após assumir a superintendência do DAAE – Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara, no início de 2017, Wellington Cyro de Almeida Leite tornou público o estado de abandono e deterioração que a atual administração recebeu a Estação de Tratamento de Esgotos Sanitários de Araraquara (ETE – Araraquara) e outros equipamentos importantes para o devido funcionamento da área de saneamento ambiental no município.

Segundo declarou o engenheiro, a ETE Araraquara opera com eficiência de 60% a 70%, devido à falta de investimentos em manutenção nos últimos anos. Desde sua implantação, em 1999, o equipamento já operava com eficiência de até 85%, devido ao sistema adotado quando da sua construção.

Mas, atualmente, a operacionalidade da ETE está prejudicada devido ao grande volume de lodos, provenientes das lagoas de sedimentação, que não passam por um sistema de secagem.

 

Melhorias

Em nota, o DAAE informou que em 2008 a autarquia “foi contemplada com verba de R$ 16 milhões no Projeto para Aceleração do Crescimento (PAC). Parte desta verba, aproximadamente R$ 6 milhões, foi destinada para a implantação de um sistema de tratamento e secagem dos lodos. Porém, na administração anterior, esse sistema sofreu modificações e foi implantado no final de 2011. Mas, devido ao elevado custo operacional, entre outras dificuldades técnicas e financeiras, principalmente com o custo do gás butano, combustível utilizado para a secagem dos lodos, o projeto foi interrompido em 2014. A partir daí, não foram mais aplicados recursos para a melhoria da operação da ETE – Araraquara.”

 

Recursos

A descontinuidade no sistema de secagem gerou, ainda segundo o DAAE, aumento considerável no acúmulo de lodos, causando a queda de eficiência no tratamento. A nota afirma ainda que, em 2017, o “DAAE entrou em contato com especialista na área para a realização de estudos visando encontrar alternativas viáveis para recuperar a eficiência no tratamento de esgotos. Os estudos foram entregues na semana passada. Somente a elaboração do projeto técnico custará à autarquia R$ 378 mil”, fora o custo para a sua devida implementação.

 

Projeto

Segundo o DAAE, no mês passado foi entregue ao FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos) projeto para a retirada do lodo de uma das lagoas de aeração da ETE. O projeto foi aprovado, sendo que a autarquia deverá receber, à fundo perdido, recursos na ordem de R$ 2 milhões para sua realização. Porém, esta verba deverá adentrar aos cofres públicos somente no próximo ano. Mas ainda não previsão para que a ETE passe a operar com a eficiência desejada, acima de 80%.

 

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