Anunciado como novo ministro da Educação na última quinta-feira (25), Carlos Alberto Decotelli pediu demissão antes mesmo de tomar posse do cargo. Sua solicitação foi aceita na tarde desta terça-feira (30) pelo presidente Jair Bolsonaro, que o teria convencido a não tomar posse.
Decotelli deixa o governo após vir à tona acusações sobre informações falsas a respeito de seus títulos acadêmicos. O primeiro apontamento da crise de Decotelli no MEC veio do reitor da Universidade Nacional de Rosario, na Argentina, onde ele havia afirmado ter realizado o doutorado. A direção da unidade revelou que ele foi reprovado na defesa da tese e não obteve o título de doutor. Há ainda sinais de plágio na dissertação de mestrado dele.
A decisão ocorre antes mesmo de ele assumir oficialmente a pasta, já que sua posse estava marcada para as 16 horas desta terça. Bacharel em Ciências Econômicas pela UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e ex-presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Decotelli foi o nome escolhido para suceder Abraham Weintraub, que pediu demissão da pasta após 14 meses no cargo ao ser indicado para um posto de diretor representante do Brasil no Banco Mundial.