Walter Delgatti Neto, o “Hacker de Araraquara”, foi levado na manhã desta quarta-feira (16) da Penitenciária de Araraquara para a sede da Polícia Federal em Brasília. Preso pela PF em 2 de agosto, Delgatti Neto é alvo de investigação que apura a inserção de dados falsos sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). As inserções teriam sido feitas em janeiro deste ano, antes dos atos antidemocráticos.
Em depoimentos anteriores à PF, Delgatti afirmou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) havia pedido que ele invadisse as urnas eletrônicas e contas de e-mail e o telefone do ministro Alexandre de Moraes, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O hacker saiu da Penitenciária de Araraquara por volta das 10 horas e levado por agentes ao aeroporto Bartholomeu de Gusmão. De lá, foi conduzido por um avião da Polícia Federal designado especialmente para a condução do preso à capital federal, onde prestará novo depoimento na sede da PF. A expectativa é que ele participe de uma delação premiada.
Delgatti também é aguardado no Congresso Nacional, onde prestará depoimento nesta quinta-feira (17) à CPMI que apura a tentativa de golpe do dia 8 de janeiro.
“A oitiva do Walter Delgatti Netto, conhecido como ‘Hacker de Araraquara’, poderá auxiliar esta Comissão a esclarecer como a Deputada Carla Zambelli atuou de modo a questionar a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro nas eleições de 2022. O depoimento nos parece fundamental para a investigação dos fatos desta Comissão de Inquérito”, disse a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), autora de um dos seis requerimentos de convocação do hacker.
Fonte: Agência Senado