O Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) de Araraquara se pronunciou oficialmente sobre o rompimento de uma caixa d’água, na Vila Xavier, que inundou casas e provocou a morte de duas pessoas. Cerca de 1 milhão e meio de litros invadiram as ruas e casas do entorno. Um tanque de material químico (cloro) também foi atingido, provocando a intoxicação que teria provocado os óbitos.
Técnicos da autarquia acreditam, à princípio, que a ocorrência foi desencadeada por uma descarga elétrica que deixou inoperante todo o seu sistema de controle do abastecimento (feito por telemetria), obrigando o desligamento manual de suas bombas, em diversos pontos da cidade.
“Esse reservatório operava com restrição, ou seja, com carga reduzida e enchimento lento, conforme orientações técnicas, obtidas externamente, em 2014, quando ocorreu o incidente semelhante no reservatório ao lado, que ainda encontra-se desativado”, explica.
Após a ocorrência de 2014, o Daae elaborou projeto de implantação de um novo reservatório que será construído na mesma área. No entanto, as obras ainda teriam o processo licitatório aberto. Agora, “o Daae aguarda o laudo da polícia científica e dos demais órgãos competentes para nortear as devidas soluções”.
A autarquia e seus técnicos, as Secretaria Municipais de Saúde, de Assistência Social e Defesa Civil, prontamente, prestaram toda assistência necessária aos moradores do entorno do reservatório, realizando a limpeza do local e das residências atingidas no sinistro.
O Daae lamenta, profundamente, todo o ocorrido e solidariza-se com os familiares das pessoas falecidas, bem como das demais pessoas atingidas.
O abastecimento de água na região foi afetado com o incidente, mas após a realização de manobras, encontra-se normalizado, podendo apresentar baixa pressão em alguns locais.
Superintendente fala em “fatalidade”
Guilherme Soares, superintendente do Daae, classifica o episódio como uma “fatalidade“. Segundo ele, a descarga elétrica desestabilizou o sistema, que operava controlando o volume de água do reservatório. Com a falha, a caixa recebeu água além do indicado, o que provocou o rompimento.
O superintendente acredita que o departamento não pode ser responsabilizado pelas mortes, uma vez que havia todo o controle do sistema para que o volume de água estivesse de acordo com a capacidade do reservatório.