A secretaria de Desenvolvimento Social iniciou na segunda quinzena de maio a Operação Inverno, que consiste na intensificação das ações dos serviços voltados para a população em situação de rua e de vulnerabilidade social.
O programa se estende até setembro, atuando para evitar ou mitigar a exposição desse público às baixas temperaturas. O trabalho é planejado com o intuito de ampliar o horário das abordagens, passando a funcionar no período noturno, quando as temperaturas caem mais significativamente. Aumenta também o número de vagas na Casa de Acolhida, para que as pessoas possam sair das ruas e passar a noite em um local digno e seguro.
O Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) reforça a sensibilização das pessoas que se encontram na rua para que aceitem o acolhimento. Para tanto, segue um itinerário que passa pelos locais de maior concentração. Além disso, atende os chamados de munícipes que acionam as equipes. Quando as pessoas decidem não seguir para o acolhimento, são deixados cobertores e roupas de frio. Já no Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), foram incluídos alimentos quentes no cardápio diário.
Para Caetano Mascia Gonçalves, chefe da divisão de Proteção Social Especial, a expectativa até o final da operação é acolher o maior número possível de pessoas, para que não haja nenhum risco a integridade física dessa população:
“Além disso, serão construídos pelas equipes técnicas planos específicos para possibilitar que essas pessoas que são direcionadas aos nossos serviços consigam deixar definitivamente a situação de rua, por meio de encaminhamento aos serviços públicos, dentre eles a Saúde Mental, além de capacitação profissional, reinserção no mercado de trabalho, documentação, programas sociais e habitacionais, entre outros”, explica.
A Secretária de Desenvolvimento Social e Vice-Prefeita, Meire Laurindo, comenta os esforços da atuação da pasta:
“As equipes se concentram em facilitar a operacionalização das ações, fortalecendo os serviços e a atuação humanizada dos profissionais envolvidos, através da sensibilização, escuta qualificada, acolhimento e atendimento digno a todos aqueles que decidirem deixar as ruas, de forma temporária ou definitiva”.
Entre janeiro e maio de 2025, o SEAS já prestou 617 atendimentos a 473 pessoas. No Centro Pop, foram 1330 atendimentos para 715 pessoas.
Já a Casa de Acolhida “Assad-Kan”, desde sua inauguração, realizou 6588 atendimentos para 923 pessoas.
Dentre essas ações, foram 2938 pernoites e mais de 8500 refeições servidas. Os números também incluem o fornecimento de passagens, cadastros de usuários no Cadastro Único e atendimentos técnicos. A casa não é um local de moradia permanente – o objetivo é oferecer acolhimento até que a pessoa consiga se reorganizar, retomar os vínculos familiares ou se reinserir no mercado de trabalho, por meio de um plano individual de atendimento.
Ao chegar no local, após cadastro e triagem, é fornecido um kit contendo toalha de banho, roupa de cama, roupas para uso, sabonete, escova de dente e outros produtos de higiene pessoal. No quarto, o atendido tem à disposição uma cama e um armário para guardar seus pertences. São servidas quatro refeições ao dia: café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.
Pela manhã, os acolhidos podem permanecer no pátio ou sair em busca de emprego, atendimento médico ou outras atividades externas. A Casa promove atividades de estímulo à autonomia, como as oficinas de artesanato, que ocorrem às terças e quartas-feiras.
A equipe também auxilia na elaboração de currículos e apresenta vagas de emprego. O acompanhamento dos casos é contínuo, buscando identificar dificuldades, oferecer apoio e promover o acesso aos direitos, além de busca ativa pelos familiares para fortalecer vínculos.
A Casa de Acolhida funciona 24 horas por dia. No Centro Pop, o atendimento acontece das 8h às 16h. Nos dois locais o acolhimento acontece tanto com encaminhamento das equipes quanto por demanda espontânea, ou seja, quando a pessoa procura o serviço por conta própria.
