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Edinho Silva interpela judicialmente prefeito de Matão

Prefeito de Araraquara quer que Esquetini explique insinuações feita durante live sobre combate ao coronavírus

O prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT), foi à Justiça pedir explicações do prefeito de Matão, Edinardo Esquetini (PSB), por causa das insinuações feitas durante uma live na página da Prefeitura de Matão no último dia 11 de agosto (veja aqui).

Segundo o documento, assinado pela advogada Fernanda Antonioli Cardozo e protocolado na Vara Criminal de Araraquara, o questionamento feito no vídeo atinge a honra do honra de Edinho Silva ao sugerir que havia uma “rolaiada” no pagamento de respiradores e nos recursos investidos na instalação do Hospital da Solidariedade (veja diálogo abaixo).

A defesa de Edinho Silva afirma que, na esteira das medidas de prevenção e combate ao COVID19, o município de Araraquara tomou medidas de enfrentamento, dentre as quais se destaca a publicação do Decreto Municipal nº 12.236/2020, que decreta Estado de Calamidade Pública e a construção de um Hospital de Campanha denominado Hospital da Solidariedade, com intuito de atender à demanda de tratamento dos infectados pelo vírus em questão na cidade de Araraquara e sua região.  “É nesse contexto que todas as medidas extraordinárias de combate à pandemia têm sido tomadas, com observância estrita das balizas legais e com a mais cristalina transparência da Administração Pública. Não por acaso, todos os gastos podem ser acompanhados virtualmente por meio do Portal da Transparência”, diz o documento.

O prefeito de Araraquara solicita que a Justiça cobre esclarecimento das afirmações, feitas por Edinardo Esquetini, a fim de que seja identificada a real intenção quando da veiculação da live, em consonância com o uso das palavras que nela foram proferidas. Após os esclarecimentos, Edinho afirma que decidirá sobre outras medidas judiciais cabíveis.

 

O que disse Esquetini

O vídeo da live que provocou a polêmica já foi retirado da página oficial da Prefeitura de Matão. Entretanto, durante a transmissão, o prefeito de Matão e o secretário municipal da Saúde travam o seguinte diálogo:

 

Edinardo: – O que que o Edinho fez? Pegou 26 milhões de reais e enfiou lá no Hospital de Campanha. Legal. Aí o respirador de 38 mil, pagou 170 e aí vira aquela rolaiada que tão enfiado lá.

Dr. João Guimarães: – E manda os pacientes pra gente tratar.

Edinardo: – E manda os pacientes pra nóis tratá (risadas). É legal isso aí. Fica com o dinheiro, faz os negócio e manda pra Matão tratar” (SIC)

 

O que Edinho cobra

O prefeito de Araraquara elencou algumas questões para que o prefeito de Matão esclareça, entre elas:

 

– Explicação sobre o que ele quis dizer com a seguinte frase: “Aí o respirador de 38 mil, pagou 170 e aí vira aquela rolaiada que tão enfiado lá”?

– Trecho em que afirma “Aí o respirador de 38 mil, pagou 170 e aí vira aquela rolaiada que tão enfiado lá”, o prefeito de Matão  indicou que houve superfaturamento na compra de respiradores para o combate à COVID?

– Por “aquela rolaiada que tão enfiado lá” Edinardo Esquetini refere especificamente a algum tipo de ilicitude? Se sim, qual? 

– O chefe do Executivo de Matão possui elementos que comprovem que o valor dos respiradores de ventilação mecânica usados em UTI à época era de 38 mil reais?

 

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