Nesta segunda-feira (24), Ednaldo Rodrigues foi reeleito para comandar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por mais um mandato. A vitória veio sem concorrência, já que Ronaldo, ex-atacante bicampeão mundial com a Seleção Brasileira e principal opositor na disputa, desistiu da candidatura após não conseguir apoio suficiente das federações estaduais.
A eleição, que originalmente estava prevista para março de 2026, foi adiantada em um ano por Rodrigues, que aproveitou uma lacuna no regulamento da entidade para antecipar o pleito. Com a saída de Ronaldo da disputa, o atual presidente recebeu 100% dos votos dos 67 eleitores, tornando-se o primeiro dirigente da CBF a ser eleito por unanimidade.
“Este resultado representa não apenas a continuidade do nosso trabalho, mas também a vitória da democracia, do diálogo e da autonomia das organizações esportivas”, declarou Rodrigues durante a assembleia da CBF. Ele também agradeceu à família, aos colaboradores da entidade e afirmou que seguirá trabalhando pelo fortalecimento do futebol brasileiro.
Ronaldo critica sistema eleitoral da CBF
Ronaldo, que manifestou interesse em disputar a presidência, criticou o modelo de votação, alegando que o sistema dificulta a entrada de novos candidatos. O ex-jogador afirmou, em entrevista ao Charla Podcast, que sempre soube que a eleição seria desafiadora, mas não imaginava que seria “impossível”.
“A CBF nunca teve uma disputa com dois candidatos porque quem está no poder sempre consegue se reeleger ou indicar um sucessor”, declarou Ronaldo. Ele reforçou que seu objetivo era contribuir para a melhoria do futebol nacional, mas a falta de apoio inviabilizou sua candidatura.
Modelo de votação e posicionamento de Ednaldo
A eleição contou com um total de 141 votos, distribuídos entre as 27 federações estaduais, que possuem três votos cada, os 20 clubes da Série A, que detêm dois votos cada, e os 20 times da Série B, que contam com um voto cada.
Ednaldo Rodrigues, que chegou a ser afastado da presidência em 2023, mas reassumiu o cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), permanecerá no comando da CBF até abril de 2026, quando terá início seu novo mandato.
Foto: CBF
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