O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu agenda em Araraquara na manhã desta sexta-feira (24). A comitiva presidencial foi recebida pelo prefeito Edinho Silva (PT) no aeroporto Bartholomeu de Gusmão, por volta das 9horas, e seguiu para uma visita à Escola Municipal de Ensino Fundamental Henrique Scabello, no Jardim das Hortências, zona sul da cidade. No local, o presidente acompanhou a ação do “Mais Saúde Bucal nas Escolas”, programa desenvolvido pelo Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação, programa que visa contribuir para diminuir a ocorrência de cáries e outros agravos por meio de avaliações da saúde bucal dos estudantes, escovação dental supervisionada, aplicação tópica de flúor e Tratamento Restaurador Atraumático (TRA).
Lula veio a Araraquara acompanhado da ministra da Saúde, Nísia Trindade; do ministro dos Transportes, Renan Filho; do ministro das Cidades, Jader Filho; do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes; do ministro Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França; do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e do presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira.
O principal compromisso da agenda foi no Distrito Araraquara, antigo CEAR, onde o presidente chegou por volta de 11 horas. O presidente discursou, já ao final da cerimônia, após a assinatura da ordem de serviço para as obras de macrodrenagem da Via Expressa. Ele relembrou as fortes chuvas que atingiram Araraquara no final de dezembro de 2022 e que, uma semana após a posse, visitou a cidade, em 8 de janeiro de 2023.
Em discurso, Lula também falou sobre ações diversas do governo federal e disse que voltou à Presidência da República porque o país “estava sendo destroçado pelo negacionismo, por pessoas que negavam [a ciência]”. Para o presidente, é preciso combater a intolerância e resgatar a civilidade no país e o respeito entre as pessoas.
“Queremos construir um país que vive em harmonia, que tenha fraternidade, que tenha solidariedade, como agora a solidariedade do Brasil inteiro com o povo do Rio Grande do Sul, que está sofrendo a maior catástrofe climática da história daquele estado []. É esse país que queremos criar, que uma cidade ajude a outro, um prefeito ajude o outro, que um irmão ajude o outro”, ressaltou Lula.
Macrodrenagem e reurbanização
O Plano de Macrodrenagem da Via Expressa e Reurbanização da Orla Ferroviária é dividido em três fases e conta com um investimento de R$ 143 milhões, de recursos vindos do Governo Federal, com contrapartida do município de 1%, ou seja, R$ 1.430.000,00. Os recursos foram liberados em fevereiro de 2023, após problemas causados pelas chuvas que destruíram nove pontos da cidade e fizeram seis vítimas fatais.
O projeto envolve uma remodelação urbana que contará ainda com obras de macrodrenagem no canal do Córrego do Ouro, incluindo a reconstrução do canal da Via Expressa e a construção de novas pontes em locais estratégicos, além de quatro lagoas que terão o propósito de conter alagamentos em áreas críticas da cidade. Esses reservatórios serão instalados no chamado Parque dos Trilhos, que ligará o Centro à Vila Xavier, no Parque Residencial São Paulo, no Jardim Nova Época e nas proximidades da Avenida Abdo Najm.
Lula também assinou o edital de licitação da fase 2 e o envio da fase 3 para análise da Caixa Econômica Federal. A nova obra dá continuidade ao recursos liberados por Lula, de 2008, em seu segundo mandato como presidente, que com o investimento via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), executou a obra do novo contorno ferroviário da cidade. Com essa obra, os trilhos que cortavam a cidade ao meio foram inutilizados.
O projeto executivo da nova obra foi assinado pelo engenheiro Pedro Ivo de Almeida Santos, da empresa EngConsultoria, entregue à Prefeitura por meio de uma doação feita pela Cutrale SA. A empresa, maior exportadora de suco de laranja do mundo, quando das enchentes de 22/23, fez essa doação do projeto para a cidade no valor de R$ 1,5 milhão. Tal iniciativa deu celeridade ao processo de apresentação dos projetos para o Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal.
A canalização do Córrego da Servidão teve início em 1963. A Via Expressa, principal corredor de trânsito da cidade, foi construída sobre o córrego canalizado ao longo de duas décadas – sendo concluída nos anos 90 -, com execução de trechos em momentos históricos e métodos construtivos diferentes, resultando numa canalização irregular com pontos de estrangulamentos e sem capacidade de escoamento da drenagem da região.
A construção do Parque Linear
No último dia 2 de maio, o Ministério dos Transportes assinou o termo de cessão de uso de área férrea de 2,5 quilômetros não operacional para que a Prefeitura possa fazer a obra antienchente e também dar início à construção do Parque dos Trilhos: áreas verdes, de lazer, convivência, ciclovias. Araraquara foi a primeira cidade do Brasil a receber área ferroviária desativada para a obra antienchente.
Mesmo após a cessão dessa área do antigo pátio, a Rumo Logística continua utilizando a área da Rotunda e das oficinas, com previsão de transferência destas operações para a região do Pátio Ferroviário de Tutoia até 2027. Posteriormente, quando a empresa deixar de utilizar o restante da área, o município poderá pleitear a sua doação total para implantação de projetos urbanísticos de interesse público em toda aquela extensão.
O Jornal da Morada acompanhou, ao vivo, o evento de assinatura da ordem de serviço para as obras da Via Expressa. Assista aqui.
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