InícioCidadesCidadeEm Araraquara, ministro destaca missão de erradicar a fome

Em Araraquara, ministro destaca missão de erradicar a fome

Paulo Teixeira participou da 3ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional e de Desenvolvimento Rural Sustentável, realizada no auditório da Unip

A erradicação da fome foi o tema central da 3ª Conferência Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional e de Desenvolvimento Rural Sustentável, que foi realizada nesta sexta-feira (28) no auditório da Unip Araraquara, que contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

A solenidade de abertura foi iniciada com uma apresentação do Grupo de Viola Caipira do Assentamento Bela Vista, projeto oriundo do programa Oficinas Culturais da Prefeitura, que atende gratuitamente crianças, adolescentes, adultos e idosos em várias linguagens artísticas e culturais. Durante a apresentação, o educador e regente André Peres convidou o ministro para subir ao palco e se juntar ao grupo. 

Em seu discurso, o ministro elogiou as políticas públicas desenvolvidas na cidade. “Araraquara foi o melhor exemplo de combate à pandemia do Brasil. Aqui, todas as políticas recomendadas pela área científica foram adotadas e Araraquara teve a maior proteção que uma população poderia ter nesse país durante aquele período da pandemia”, comentou Paulo Teixeira.

O ministro ressaltou ainda as três grandes questões que norteiam o tema da segurança alimentar no Brasil. “A primeira questão é que nós temos muita gente ainda em profunda insegurança alimentar. No Brasil, estima-se que são 20 milhões de pessoas em profunda insegurança alimentar, convivendo em condição de situação de fome. O segundo aspecto, que foi agravado com a pandemia, é que tem muitas pessoas que se alimentam mal e que passaram a se alimentar mal, deixando as comidas tradicionais, culturalmente do nosso povo, e passaram a comer ultraprocessados e bebidas açucaradas, gerando um outro fenômeno que nós temos na sociedade, que é o fenômeno da obesidade. Nós estimamos que metade da população brasileira esteja nessa condição. E o terceiro tema que nós temos é o tema das mudanças climáticas. Nós estamos vivendo agora o mês mais quente da história da humanidade. Isso se deve à forma de produção de consumo que vai levando a humanidade a esse desastre climático que nós temos que reverter. E por isso, o tema da alimentação, o tema da produção, o tema da saúde do consumo e o tema do clima são temas comuns. Cada um de nós pode ajudar a melhorar e a superar essas crises tão graves no Brasil e tão graves no mundo”, acrescentou.


A conferência

Com o tema “Erradicar a fome e garantir direitos: comida de verdade, democracia e equidade”, a conferência foi realizada pela Prefeitura de Araraquara por meio da Coordenadoria de Segurança Alimentar, vinculada à Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, e da Coordenadoria de Agricultura, que pertence à Secretaria Municipal do Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo, além do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (COMSAN), Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (CMDR) e Conselho de Agricultura Urbana.

Ao longo das últimas semanas, a organização do evento realizou um ciclo de pré-conferências com o propósito de divulgar os eixos temáticos, mobilizar e eleger os delegados para participar da conferência principal. A atividade passou por espaços como Fundo das Instituições Sociais de Araraquara (FISA), Quilombo Rosa, Centro da Juventude, Assentamento Bela Vista do Chibarro, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), Igreja Emanuel, Uniara, Unesp e Cooperativa Sol Nascente, além de participar de eventos estratégicos como a Ação Cidadania Imigrante, ocorrida em 1º de julho no Jardim Ieda.

Após a abertura, foi feita a coordenação dos trabalhos, que envolveu a leitura e aprovação do Regimento Interno e a formação dos grupos de trabalho, que realizaram seus estudos e debates no período da tarde. Durante a conferência, foram debatidos três eixos: Determinantes estruturais e macrodesafios para a soberania e segurança alimentar e nutricional (eixo 1); Sistema nacional de segurança alimentar e nutricional e políticas públicas garantidoras do direito humano à alimentação adequada (eixo 2); e Democracia e participação social (eixo 3).

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