Do encontro de estudantes, artistas e performers de diferentes regiões de São Paulo durante as ocupações decorrentes da reorganização escolar proposta pelo Governo do Estado de São Paulo em 2015 e 2016 nasceu a ColetivA Ocupação, grupo que desde então desenvolve um trabalho contínuo de convivência e criação. A luta secundarista seguiu por vários espaços e ganhou diferentes desdobramentos – o teatro foi uma delas. Durante as ocupações foi possível experienciar o que é pensar e agir através do corpo e vivenciar a performance como instrumento de combate. A primeira apresentação da ColetivA Ocupação aconteceu em 2016, a convite da Casa do Povo, no encontro Performando Oposições. Em 2017, o coletivo foi convidado para criar uma performance para a MIT – Mostra Internacional de Teatro.
Em 2018 apresentou-se na UNEAFRO, no Encontro de Antropologia VI ReAct, na USP, na Escola Nacional Florestan Fernandes e na Escola Estadual Caetano de Campos. Organizaram o encontro O que aconteceu desde que pulamos os muros na Matilha Cultural e foram convidados do programa Laboratório de Estruturas de Flexíveis na Casa do Povo, e no lançamento do livro Negri no Trópico, da N-1 Edições com a participação de Antonio Negri. No mesmo ano a realizou a temporada de Quando Quebra Queima, dividida em 6 apresentações. Recentemente Quando Quebra Queima esteve no Festival Internacioanl de Teatro – FIT 2019, dentro da escola municipal Darcy Ribeiro, em São José do Rio Preto, e neste sábado a montagem entra em cartaz no Teatro do Sesc Araraquara, em única apresentação sábado (27), às 20 horas. Os ingressos vão de R$ 5 a R$ 17 e estão à venda nas bilheterias das unidades e no Portal do Sesc (sescsp.org.br/araraquara).
A peça é uma “dança-luta” coletiva construída a partir das experiências recentes de cada performer: textos, músicas, coreografias, e fotos feitas pelos próprios secundaristas compõem a cena; gritos de luta são cantados; ações e movimentos de rua são evocados nos quinze corpos insurgentes, que criam uma narrativa coletiva e comum a partir da perspectiva de quem viveu intensamente o dia a dia dentro do movimento. Ocupando o tempo presente, a ColetivA provoca de maneira pulsante o universo que compõe esse movimento que transformou o corpo e vida de todos que participaram.O funk, a batalha, os uníssonos desses gestuais, em diálogo com textos e músicas de protesto, criam uma narrativa afim de potencializar a imagem desses manifestantes: uma geração para a qual a dança é uma expressão de existência e luta.
Serviço
Espetáculo Quando Quebra Queima
Dia: 27/7, sábado
Horário: 20h
Local: Convivência
Classificação: 16 anos
Ingressos
(Limitados a 2 por pessoa)
R$ 5,00 (Credencial Plena);
R$ 8,50 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante);
R$ 17,00 (Inteira / Credencial Atividades).