Representar o futebol brasileiro pelos gramados do mundo não é uma tarefa fácil. Responsabilidade ainda maior é ser pioneira em um clube de tradição do Velho Continente. Mas nada disso impediu Andressa Alves de começar um capítulo totalmente novo na carreira. Primeiro no Barcelona e, agora, na Roma. A jogadora, que foi campeã paulista com a Ferroviária em 2013, tem feito história na Europa.
Quando chegou ao Barça, em 2016, Andressa Alves foi a primeira brasileira a vestir a camisa do clube catalão. Em julho do ano passado, o fato se repetiu no momento em que a meia aceitou o desafio de defender a equipe italiana. Depois de três temporadas na Espanha, ela revelou, em entrevista ao site da CBF, os motivos da mudança.
"Pesou principalmente a vontade do clube em me ter, fizeram todo esforço possível e quando o clube faz questão de ter a atleta faz a gente também querer fazer parte do projeto. Eu gostei do projeto que a Roma está propondo e então aceitei esse desafio", contou a jogadora, que também falou sobre sua adaptação no clube e no país.
"A adaptação foi rápida, fui muito bem recebida pelo time e pelas jogadoras. O país é maravilhoso, tem muita história e um tempo bom até no inverno. Acredito que nos primeiros meses minha dificuldade foi a língua italiana porque eu não sabia, mais tive aulas de italiano e agora isso não é um problema, já aprendi e consigo me comunicar tranquilamente".
Dentro de campo, o entrosamento com as companheiras é visível. Na atual edição do Campeonato Italiano, Andressa Alves atuou em 11 jogos e marcou cinco gols. A Roma ocupa a quarta posição, com 31 pontos e a quatro da zona de classificação para a Liga dos Campeões. Além disso, a equipe da capital segue na briga pela Copa da Itália.
"Eu acho o Campeonato Italiano mais forte fisicamente comparado com a Espanha. Em questão de jogo, a Roma tem uma proposta de ter a posse de bola e ser agressiva, então isso não é muito diferente da Espanha e da Seleção. A única coisa diferente da Seleção é o esquema tático, aqui jogamos 4-3-3 e eu jogo como uma meia. Já na seleção jogamos no 4-4-2 e jogo mais de atacante aberta, mais isso não é um problema, posso jogar em ambos os esquemas", analisou a meia-atacante, que é presença constante nas convocações da Seleção Feminina e vai defender o Brasil na Data FIFA de março.