Dona Cotinha é sobrevivente de um atropelamento que tirou a vida do seu irmão mais novo de 4 anos. O acidente, que aconteceu há cerca de 50 anos, mudou para sempre a vida dela.
Na época, ela tinha cerca de 12 anos e, como nenhum familiar apareceu, a mulher viveu aproximadamente 50 anos na Beneficência Portuguesa de Araraquara, para onde foi socorrida depois de ser atropelada na Rodovia Washington Luís, na região do bairro Quitandinha.
Ela deixou o hospital somente quando a unidade fechou as portas em janeiro de 2016. Cotinha foi encaminhada para um abrigo, mas uma ex-funcionária do hospital conseguiu na justiça o direito de levar a mulher para sua casa.
A cuidadora, Gláucia dos Santos Gomes, é casada e mãe de uma criança de 3 anos. A mulher, que ainda briga na justiça para receber seus direitos trabalhistas, após 6 anos trabalhando no hospital, agora precisa de ajuda para continuar cuidando da idosa, que não fala, não pode trabalhar e nem conta com qualquer benefício social.
Cotinha, como a idosa ficou conhecida por todos na Beneficência, não tem documentos pessoais e, por isso, nunca se descobriu seu verdadeiro nome. Mas a cuidadora luta para tirar a certidão de nascimento dela. Quem tiver interesse em ajudar, de alguma forma, pode entrar em contato com a Glácia pelo telefone 16.98200.9625.
Confira a reportagem completa abaixo e entenda um pouco mais a história dessa senhora de baixa estatura, simpática, sorridente e conhecida por funcionários e equipe médica, que trabalharam no hospital Beneficência Portuguesa nas últimas décadas.
