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Ex-vereador é condenado a prisão em regime semiaberto

Serginho Gonçalves foi condenado por corrupção passiva. Esposa e filha também foram condenados

O ex-vereador Serginho Gonçalves foi condenado por crime eleitoral e corrupção passiva. Ao todo, a pena ultrapassa seis anos de reclusão em regime semiaberto. A decisão é em primeira instância e os réus podem recorrer em liberdade.

Além de Serginho Gonçalves, foram condenadas a esposa e filha do ex-vereador. Eloá Gonçalves recebeu pena de 3 anos e 6 meses de reclusão em regime semiaberto pelo  crime de corrupção passiva, enquanto Mariana Micheli Gonçalves foi condenada a três anos de reclusão em regime aberto.

A sentença, expedida em 19 de junho, é baseada em denúncia do Ministério Público Eleitoral e envolve a cobrança de parte dos salários de três assessores de gabinete como forma de arrecadar dinheiro para formação de “Caixa Dois” de campanha.   De acordo com a denúncia, confirmada por testemunhas, o pagamento era feito à mulher e filha do ex-vereador.

Serginho se reelegeu para o cargo em 2012, mas foi impedido de tomar posse pela Justiça Eleitoral. Na época, o Ministério Público também apreendeu documentos no gabinete do vereador que comprovariam a realização de favores em troca de votos.  “No gabinete de Serginho, foram encontrados documentos pessoais de eleitores e provas de que ele concedia benesses em troca de votos, tais como tentativas de exclusão de multas de trânsito e, em um caso, de remissão de dívida ativa em nome de eleitora”, informou na época o Ministério Público em comunicado.

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Serginho se defende

Em entrevista exclusiva ao Portal Morada, o ex-vereador declara-se inocente e vítima de perseguição. “Fui condenado sem ter sido ouvido. O que os ex-assessores disseram é tudo mentira. Minha filha só ia ao gabinete para receber as vendas de brigadeiros que ela fazia ao pessoal”, alega.

Serginho reconhece o caráter assistencialista do mandato, mas nega a existência do tal cadastro de eleitores supostamente mantido em seu gabinete. “Ninguém pode ser condenado por ajudar o povo. Isso é prática comum na Câmara Municipal, mas só o Serginho Gonçalves que não pode. Muita gente grande se incomodava comigo e por isso me derrubaram”, declara.

O ex-vereador afirma que vai recorrer da sentença e acredita que a decisão será revertida. “Tenho certeza que sim. Foram usadas provas sem perícia. As gravações foram periciadas e a aparece não é minha”, completa. 

 

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