Pelas redes sociais, um grupo denominado Feministas de Araraquara cobra da Polícia Civil uma solução para a denúncia de estupro feita por uma jovem, de 18 anos, na noite do último domingo (23), no bairro Santana. A vítima declarou à Polícia que um rapaz a agarrou na rua e a agrediu com o intuito de praticar o abuso sexual. A cena de violência foi registrada por uma câmera de monitoramento e confirma o relato da jovem.
O caso, no entanto, foi registrado como “Importunação Ofensiva ao Pudor e Lesão Corporal”. Em entrevista ao Jornal da Morada, o delegado plantonista, Ricardo Farah, explicou que o registro foi feito antes da divulgação das imagens e que a tipificação do crime se justifica pelo fato de que a violência sexual não chegou a ser praticada. Por isso, o acusado foi ouvido e liberado.
O crime gerou o registro de um Termo Circunstanciado, que será analisado pelo Ministério Público. A liberação do suspeito, no entanto, provocou revolta e gerou uma mobilização de mulheres na cidade. Pelo facebook, o grupo Feministas de Araraquara divulgou uma foto do suposto agressor, com nome, sobrenome e a identificação de ESTUPRADOR.
No texto, o grupo revela que a tentativa de estupro praticado contra a jovem, que trabalha como auxiliar de cozinha, não foi o único praticado pelo suspeito. “Tentou estuprar duas mulheres num mesmo dia, foi pego em flagrante, espancou as vítimas e mesmo assim está SOLTO. Foi no bairro SANTANA. Mulheres de Araraquara, unam-se ao nosso grupo de apoio às mulheres da cidade para fazer denúncias e divulgar iniciativas”.
As informações não foram confirmadas pela Polícia, o que siginifica que essa segunda tentativa de estupro relatada pelo grupo não foi registrado em delegacia. Ainda segundo o delegado Farah, o suspeito não tinha passagens pela polícia por outros crimes.