Francisco Cuoco, um dos maiores nomes da história da televisão no Brasil, faleceu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, em São Paulo. O ator estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Albert Einstein, enfrentando complicações de saúde relacionadas à idade avançada e a uma infecção causada por um ferimento. A confirmação do falecimento foi feita por familiares, mas a causa exata da morte não foi divulgada.
Nascido em 1933 no bairro do Brás, na capital paulista, Cuoco veio de uma família simples, filho de um feirante italiano e de uma dona de casa. Na juventude, dividia o tempo entre os estudos e o trabalho na feira ao lado do pai. O fascínio pelas artes surgiu cedo, inspirado por circos itinerantes e pequenas encenações. Chegou a iniciar a faculdade de Direito, mas abandonou o curso para se formar na Escola de Arte Dramática de São Paulo.
A trajetória artística de Cuoco começou nos palcos, com destaque em companhias como o Teatro Brasileiro de Comédia e o Teatro dos Sete. Sua atuação em Boeing-Boeing lhe rendeu, em 1964, o prêmio de melhor ator coadjuvante da Associação Paulista de Críticos de Arte. O sucesso nos palcos abriu as portas para a televisão, onde ele se tornaria um dos maiores galãs e protagonistas da teledramaturgia nacional.
Com uma voz marcante e presença imponente, Francisco Cuoco deu vida a personagens inesquecíveis em novelas como Pecado Capital (1975), O Astro (1977), Selva de Pedra (1972 e 1986) e O Sétimo Sentido (1982). Ao lado de nomes como Regina Duarte, formou pares românticos que encantaram o público e marcaram gerações. Embora tenha atuado no cinema e no teatro, foi na TV que sua imagem se consolidou como símbolo de virilidade e intensidade dramática.
Nas últimas décadas, o ator fez participações especiais em diversas produções e se manteve próximo ao público. Entre seus trabalhos mais recentes estão novelas como Salve-se Quem Puder (2020) e a série No Corre (2023). Durante a pandemia, Cuoco enfrentou dificuldades emocionais, incluindo um quadro de depressão, mas seguia apaixonado pela arte: “Ainda tenho energia para atuar”, declarou em entrevista em 2021.
Na vida pessoal, foi casado com a atriz Carminha Brandão, com Gina Rodrigues — mãe de seus três filhos, Tatiana, Rodrigo e Diogo — e, por último, com a estilista Thaís Almeida. O ator também deixa netos e uma história profundamente ligada ao desenvolvimento da televisão no país.
Francisco Cuoco será lembrado como um artista que ajudou a construir a identidade da teledramaturgia brasileira, levando emoção e carisma para milhões de lares ao longo de mais de seis décadas.
Foto: Divulgação
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