O diretor da Ferroviária/Fundesport, Danilo Zero, recebeu na última quinta-feira (29) pela manhã a nova coordenadora de Futebol Feminino da Federação Paulista de Futebol (FPF), a ex-zagueira da seleção Aline Pellegrino. Integrante da geração de Marta, Cristiane e Formiga, ela foi vice-campeã nos Jogos Olímpicos de 2004 e vice-campeã mundial em 2007. Com o Santos, venceu a Copa do Brasil em 2008 e 2009 e a Libertadores da América em 2010.
Aline falou sobre os projetos que encaminhou à FPF para o ano que vem: a Copa São Paulo, em fevereiro, nos moldes do torneio masculino; o Campeonato Paulista, de abril a setembro, que terá rebaixamento a partir de 2017; e a Copa Paulistana, em novembro.
“Nada está fechado, e sim em andamento. Mas num estágio bastante avançado”, observou. Sobre a Copa São Paulo, Aline disse que ela e a FPF estão imaginando uma competição sub-17, com algumas jogadoras sub-20, mas explicou que a quantidade de jogadoras sub-20 que podem ser inscritas ou podem estar em campo ainda não foi estabelecida. “Nessa primeira edição, a ideia é ter apenas clubes de São Paulo. Depois podemos pensar em crescer e receber equipes de outros estados e até de outros países”.
No projeto apresentado, Aline propôs um torneio com 12 times, divididos em quatro grupos regionalizados, a fim de evitar o alojamento (estrutura de hospedagem, lavanderia e alimentação), que, de acordo com a coordenadora, elevaria o custo. Araraquara foi convidada para ser uma das sedes. “Vamos levar até as autoridades competentes assim que o convite for formalizado”, disse Zero.
Paulista com duas divisões
Para valorizar o ainda mais o Campeonato Paulista, que hoje dá três vagas para a Copa do Brasil, Aline sugere a criação de duas divisões a partir de 2018. “O Paulista é o principal estadual da modalidade. Mas podemos fazer com que se torne ainda mais importante”, argumentou sobre as duas séries.
Dessa forma, o campeonato terá rebaixamento já em 2017, mas os critérios ainda não foram estabelecidos. “Faremos os convites para que os clubes se inscrevam para a próxima temporada. Quem se inscrever em 2018, vai começar na segunda divisão”, afirmou. Além dessa mudança, Aline diz que vem amadurecendo outra novidade: fazer a final em jogo único. “Podemos transformar a final num grande evento”, vislumbrou entusiasmada.
Já a Copa Paulistana, se confirmada, será a oportunidade para que as equipes tenham atividades no final do ano. “O calendário também é um desafio no futebol feminino. Veja o Santos, por exemplo, que faz grandes investimentos na modalidade. No dia 12 deste mês [setembro], o time foi eliminado da Copa do Brasil e não tem mais disputas este ano”, comentou.
Libertadores
Zero disse que a Ferroviária passaria pelo mesmo problema se não fosse a Libertadores. Sobre o torneio continental, Aline disse que ainda não havia conversado com o presidente da FPF para saber se, além das novas propostas da Confederação Sul-Americana (Conmebol) para o torneio masculino, a entidade já tinha se manifestado acerca da edição feminina deste ano, que ainda não tem nem datas nem local definidos.

