Na sexta-feira, dia 21, na prestação de contas realizada pela Prefeitura de Araraquara na Câmara Municipal, o secretário de Fazenda e Planejamento, Roberto Pereira, detalhou a composição da dívida total de Araraquara, que chega ao montante de R$ 1,1 bilhão:
● R$ 212 milhões em dívidas de curto prazo (vencimento próximo);
● R$ 562 milhões em dívidas de longo prazo (gastos já realizados, mas com prazos estendidos para pagamento);
● R$ 22 milhões de convênios com depósitos judiciais (antecipação para o pagamento de precatórios);
● R$ 60 milhões de empenhos a liquidar (serviços contratados que ainda não foram executados ou entregues e impactaram as finanças vindouras);
● R$ 195 milhões referentes ao risco fiscal (processos em discussão, historicamente sem êxito ao Município);
● R$ 42 milhões de despesas do exercício anterior que ainda não foram empenhadas.
Exercício de 2024
Ao longo do ano de 2024 a arrecadação totalizou R$ 1.526.789.000,00, enquanto as despesas com administração direta, Câmara, Fundart e Fundesport somaram R$ R$ 1.575.815.000,00, resultando em déficit de R$ 49.026.000,00.
Entretanto, em vídeo divulgado nas suas redes sociais, o ex-prefeito Edinho destacou que há recursos a receber, incluindo repasses empenhados do Governo Federal no valor de R$ 65,4 milhões. “Isso significa que temos R$ 16.402.000,00 de superávit orçamentário”, ressaltou Edinho.
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Desafios que impulsionam a ação
Outro agravante são os juros que, mesmo com a regularidade nos pagamentos, o montante da dívida tende a crescer com o passar dos meses. Contudo, essa realidade também impulsiona a gestão a buscar soluções inovadoras e eficientes.
Prefeito Dr. Lapena
“Sabemos que enfrentamos uma dívida acumulada ao longo dos anos, mas nossa prioridade é não apenas equilibrar as contas, mas também transformar a realidade financeira da cidade. Nosso compromisso é entregar para as futuras gestões um cenário sustentável, com fornecedores pagos em dia e serviços públicos fortalecidos.”.
Lapena também disse que a estratégia passa por ações integradas e o apoio da Câmara Municipal na aprovação de projetos que promovam cortes de gastos e reorganização financeira. “Estamos construindo um plano bem estruturado e, para avançar, contamos com o apoio dos vereadores na Câmara Municipal. É fundamental que o apoio seja dado de forma responsável, sem politização de cada decisão, para que possamos superar esse desafio.”, ressaltou.
Apesar de um passivo aproximado de R$ 1,1 bilhão, a administração municipal reafirma seu compromisso e apresenta um plano estratégico robusto para superar esse desafio, garantindo a continuidade e a melhoria dos serviços essenciais para a população.