A Polícia Civil de Araraquara identificou o homem encontrado morto com sinais de extrema violência na manhã desta quarta-feira (21), no Jardim Paraíso.
Segundo informações, a vítima é Lindomar Batista de Silva, de 47 anos, que foi localizado caído na Rua Bento Machado Ramalho, por volta das 6h30, próximo a uma picape Chevrolet Montana de cor cinza.
Lindomar morava sozinho em um apartamento no Conjunto Habitacional do bairro e, segundo informações, teria se envolvido em uma briga com outros homens ainda não identificados. O local onde o crime ocorreu é conhecido pelo intenso tráfico de drogas, e a “lei do silêncio” costuma dificultar o trabalho da polícia na região.
O corpo apresentava múltiplos ferimentos profundos provocados por golpes de facão, incluindo cortes graves nas costas, no pescoço e no tórax. O punho esquerdo da vítima foi completamente decepado e havia diversas marcas de defesa nas mãos, indicando que Lindomar tentou se proteger dos agressores. Também foram identificadas lesões antigas no rosto, sugerindo um histórico de violência. Ao lado do corpo, os peritos encontraram uma pedra suja de sangue, que pode ter sido usada no ataque.
Testemunhas relataram que a vítima foi vista em uma confusão pouco antes do crime. Lindomar teria sido golpeado e caiu desacordado próximo ao seu veículo, que estava estacionado na Rua Ângelo Piffer, a poucos metros de sua residência. O local ficou tomado por sangue, tanto no chão quanto no veículo, o que reforça a hipótese de que houve luta corporal.
A Unidade de Suporte Avançado (USA) do SAMU foi acionada, mas ao chegar, os socorristas apenas constataram o óbito. A Polícia Militar e agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) preservaram a cena para o trabalho da perícia técnica. Os investigadores também realizaram uma busca no imóvel da vítima, onde apreenderam dois aparelhos celulares que serão encaminhados à perícia. Os dispositivos podem conter informações importantes para a elucidação do crime.
Este é o oitavo homicídio registrado em Araraquara apenas nos primeiros cinco meses de 2025. Lindomar possuía antecedentes criminais por tráfico de drogas e associação ao tráfico. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), e ainda não há informações sobre velório e sepultamento.
A DIG segue com as investigações e pede à população que contribua com qualquer informação que possa ajudar na identificação dos envolvidos. As denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos telefones 181 (Disque Denúncia) ou 190 da Polícia Militar.
