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Igreja confirma excomunhão de dois padres

Segundo a Diocese de São Carlos, sacerdotes contraíram matrimônio, proibido pelo Código Canônico

A Diocese de São Carlos comunicou oficialmente a excomunhão de dois padres e a suspensão de um terceiro. Os ex-sacerdotes da Igreja Católica atuavam na região.  

“Embora o termo seja forte é preciso ser visto em sua amplitude. Excomunhão é um termo técnico da instituição Igreja Católica Apostólica Romana que, como o próprio termo diz (ex – comunhão), significa estar fora da comunhão com a Igreja”, explica em nota publicada nesta quinta-feira (27).

A causa que resultou na consequência da excomunhão dos dois padres foi o fato de se ausentarem da função de padres da Igreja Católica Apostólica Romana, vinculando-sea uma denominação confessional ortodoxa.

De acordo com as atitudes destes padres o Código de Direito Canônico (cân. 1364) prevê a excomunhão lata e sententiae , ou seja, “automática”. Porém, para fins de efeitos externos, precisa ser declarada, o que a Diocese fez no início dessa semana.  

Além de atuarem em outra denominação, os padres também feriram o  Código de Direito Canônico ao contraírem casamento, incorrendo no delito de concubinato, segundo o documento da igreja. “Em vista disto, os padres estão totalmente afastados, oficialmente, de seus ofícios, sendo impedidos de presidir ou concelebrar quaisquer sacramentos e/ou sacramentais (Cân 1336 §1, nº 1,2 e 3), se o fizer será sem a autoridade e a comunhão apostólica, sem o devido reconhecimento da Igreja Apostólica Romana”, afirma a diocese.

Um dos padres enquadrados pelo Código é Alexandre da Silva Pera, que atuava em Américo Brasiliense, e  se ausentou de suas funções na Igreja Católica Apostólica Romana no ano de 2011.  Atualmente, ele é casado e atua na área de psicologia e é membro da igreja Ortodoxa em Araraquara. José Eduardo Firmino se desligou da igreja pelo mesmo motivo a partir de agosto de 2015.

“De forma alguma a Igreja quer promover a discórdia e a disputa com outras denominações religiosas, apenas se fez necessário comunicar, tal como ontem publicamos, para que os fiéis tenham ciência de que estes padres não ministram mais sacramentos e/ ou sacramentais em nome da Igreja Católica Apostólica Romana”, conclui o texto.

 

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