Vivendo um momento difícil no Campeonato Brasileiro da Série D, a Ferroviária se prepara para seu próximo compromisso, marcado para este sábado, 19 de maio, às 19 horas, na Fonte Luminosa contra o Cianorte-PR. A equipe vem de duas derrotas seguidas para o Tubarão-SC, sequência que ocasionou a saída do técnico PC de Oliveira. Para seu lugar, a diretoria decidiu manter como interino Bruno Pivetti, que atuava como auxiliar técnico de PC.
Em entrevista concedida na Sala de Imprensa da Fonte Luminosa, o novo comandante falou sobre o desafio. "Não é uma situação extremamente nova para mim, mas vou fazer o melhor em busca dos resultados que a Ferroviária merece. Infelizmente a situação de eu assumir como interino foi com a saída do PC de Oliveira, que antes de tudo é um amigo que eu tenho, uma referência para mim e para todos do esporte brasileiro, e que não tem mais nada o que provar a ninguém. Infelizmente a oportunidade foi dada com a saída dele. Geralmente, em outros cenários, isso é mais bem preparado, mas nem sempre a gente pode escolher como a oportunidade vai surgir", destacou Pivetti, que chegou às categorias de base do Atlético-PR em 2015 e no início de 2016 passou a ocupar o cargo de auxiliar técnico do time principal do Furacão. Antes de chegar ao Atlético, o treinador atuou como preparador físico e fisiologista do Pão de Açúcar, onde permaneceu durante três anos. Também passou pelo Audax-SP na função de auxiliar técnico de Fernando Diniz.
O profissional de 34 anos assume a responsabilidade pelo grupo e espera que a equipe renda o esperado no sábado. "A cobrança tem que vir em cima do líder principal do processo, que hoje sou eu. Qualquer fato que acontecer, a responsabilidade é minha. Obviamente que os jogadores devem ter liberdade de atuação dentro do nosso modelo, dentro daquilo que a gente pressupõe como padrão, mas a responsabilidade é minha e eu quero deixar eles bem livres para render o melhor que eles possam oferecer. Assim estaremos mais próximos do resultado", acrescenta.
Pivetti faz questão de destacar que a Ferroviária vai na contra-mão da mentalidade do futebol brasileiro que consiste na troca de técnicos visando a busca imediata de resultados. "Qualquer líder de qualquer processo, sendo interino ou não, sabe como funciona a cultura brasileira. Eu costumo brincar que todo treinador é interino até o próximo jogo. A gente tem essa cultura de troca de comando, mas aqui na Ferroviária, onde estou há nove meses, vejo que é bem diferente, tanto é que na administração do atual presidente passaram somente quatro treinadores. Eu acho que essa longevidade é fundamental para a constituição de qualquer projeto futebolístico no Brasil e a Ferroviária vem fazendo isso bem", salienta.
Com apenas dois pontos conquistados em quatro jogos, a Ferroviária vive uma situação dramática na Série D, onde precisa vencer seus dois jogos restantes e ainda torcer por uma combinação de resultados. O técnico interino se mostra consciente da dificuldade, mas prefere focar apenas no jogo deste sábado. "Estou focando todos os esforços para que a gente possa conquistar essa vitória aqui no sábado e depois pensar no que vai acontecer no próximo jogo e na sequência do campeonato. Nesse momento em específico, precisamos vencer o Cianorte e contar com todos esses esforços que estamos promovendo na semana para obter o resultado no sábado", completa Bruno Pivetti.