Maio é reconhecido como o “Maio Azul Marinho”, uma iniciativa que busca aumentar a conscientização das pessoas sobre a prevenção de doenças gastrointestinais e verminoses nos animais de estimação. A campanha alerta para que os tutores de animais tenham mais acesso ao conhecimento em torno dessas enfermidades que tanto prejudicam os bichinhos.
Um dos exemplos desse tipo de doença é a dipilidose, uma verminose comum em cães e gatos, causada por um verme chamado ‘Dypilidium caninum’. Acidentalmente, esses vermes podem infectar seres humanos, por isso, são classificados como hospedeiros acidentais, por isso a doença é caracterizada como uma zoonose.
As pulgas atuam como vetores da dipilidose e transmitem o ‘Dypilidium caninum’ aos animais. Além disso, as pulgas causam muito desconforto, pois as picadas causam intenso prurido, alguns animais desenvolvem quadro alérgico, além de espoliarem o animal. Os cães e gatos, por sua vez, tornam-se infectados ao ingerirem as pulgas contaminadas, quando, na tentativa de aliviar o desconforto causado pela infestação desse ectoparasita (a pulga), mordiscam ou lambem a pele.
No hospedeiro definitivo (cão ou gato), o verme fixa-se nas paredes do intestino delgado, podendo alcançar 60cm de comprimento. O corpo desse endoparasito é todo segmentado. Cada segmento é uma proglote cheia de ovos. Muitas vezes, os tutores observam essas proglotes nas fezes ou nos pelos da região perianal, parecidos com grãos de arroz. E, em infestações expressivas, os animais podem exibir os seguintes sinais clínicos: emagrecimento, comprometimento do crescimento, diarréia ou constipação, entre outros. Assim, a verminose altera a qualidade de vida do animal.
O controle de ectoparasito e endoparasitos nos animais de companhia é muito importante. Em especial, a dipilidose, por ser zoonose, reforça sobremaneira a necessidade do controle desses agentes. Por isso, é importante sempre consultar um médico veterinário, pois é ele o profissional responsável pelas orientações e prescrições para o combate adequado desses parasitos.
Os proglotes grávidos passam intactos nas fezes ou emergem da região perianal da imagem do hospedeiro. No ambiente, as proglótides se desintegram e liberam pacotes de ovos, que ocasionalmente também são encontrados livres na imagem das fezes. O hospedeiro intermediário — na maioria das vezes estágios larvais da pulga de cachorro ou gato — ingere pacotes de ovos e a oncosfera dentro é liberada no intestino da pulga larval. A oncosfera penetra na parede intestinal, invade a hemocele (cavidade do corpo) do inseto e se desenvolve em uma imagem cisticercoide. O cisticercoide permanece na pulga à medida que ela amadurece de uma larva para uma imagem adulta.
O hospedeiro vertebrado se infecta ao ingerir a pulga adulta contendo a imagem cisticercoide. A presença desses segmentos do parasita do tamanho de um grão de arroz nas fezes ou presos ao pelo da região perianal é o que mais chama atenção dos proprietários. Diarreias, perda de peso, constipação e crescimento retardado em animais jovens só ocorrem em grandes infestações ou casos graves.