InícioEsporteMarco Antonio: Segurança, eficiência e momentos memoráveis

Marco Antonio: Segurança, eficiência e momentos memoráveis

Confira a história do araraquarense que brilhou com a camisa grená, se tornou ídolo em Pernambuco e ajudou a difundir o futebol no Japão

O ex-jogador Marco Antonio, hoje com 56 anos de idade, é um dos zagueiros mais seguros já formados pelo futebol araraquarense. E como se não bastasse sua qualidade técnica defensiva, ele também já se destacou com gols inesquecíveis ao longo de sua vida. O primeiro deles foi marcado na adolescência, quando o irmão mais velho o levou para assistir um jogo amador. Faltou um jogador, ele completou o time e ainda marcou o gol da vitória. Mais tarde, em seu primeiro jogo no time principal da Ferroviária, outra vitória com um golaço dele. E o que dizer do gol que deu o título brasileiro de 1987 ao Sport Recife? A façanha fez ele se tornar um ídolo para a torcida do clube pernambucano. E tudo isso antes de ir para o Japão, onde ajudou no processo de difusão do futebol e participou do primeiro Campeonato Japonês.

Essas e outras histórias memoráveis que compõem sua trajetória foram contadas pelo campeão em entrevista ao Portal Morada. Confira!

O início de um sonho

Marco Antonio Pais dos Santos nasceu em 20 de agosto de 1963 em Araraquara. É filho de Antonio (já falecido) e Natalina (hoje com 83 anos) e irmão de Gilmar (falecido), Nilton e Araí. Passou toda sua infância na Vila Xavier, onde teve seu primeiro contato com o futebol. "Antigamente havia muitos campinhos de terra. Praticamente todo lugar que a gente passava pela cidade se encontrava um campo de futebol. Para ter uma ideia, eu morava na Almirante Tamandaré e só nela havia três campinhos. Por isso, jogávamos bola direto. Eu gostava de brincar no gol também. Naquela época, como eu era palmeirense, eu gostava muito do Leão. Olha que coincidência, depois o Leão foi ser meu treinador", conta.

Quando tinha 15 anos de idade, Marco Antônio já tinha uma boa estatura. Seu irmão mais velho Gilmar, que era um bom atacante, o levou para assisti-lo jogar uma partida de futebol amador em um campo no bairro do Santana. Chegou lá, faltou um jogador e o menino foi chamado para completar o time. "Acabei fazendo o gol, acredita? Ganhamos de 1 a 0, com gol meu", relembra, sorrindo.

Ainda na adolescência, o zagueiro defendeu os times amadores do Atlas, do técnico Clemente, e o Fluminense, do treinador Tim. "Por último joguei no Juventus, que na época foi montado pelo Alézio, que morava perto da Igreja Santo Antônio. Como ele tinha o filho que jogava, chamado Almir, ele colocou o Tota como treinador. O Tota sempre foi do Santana e trouxe praticamente todos os jogadores do Santana. Ele me chamou para jogar para ele e nosso time foi campeão da cidade", diz o zagueiro, que na ocasião tinha 16 anos. 

Naquela final de campeonato, que foi contra o Atlas no Estádio Municipal, Marco Antonio fez um bom jogo, o que rendeu a ele uma chance real no futebol. "O Bazani estava assistindo aquele jogo e ele me convidou. Daqueles dois times que fizeram a final, creio que uns oito jogadores foram chamados para fazer teste na Ferroviária. Depois daquele jogo eu dei uma alavancada na minha carreira", salienta.

Bazani fundamental

"Nas categorias de base da Ferroviária, eu tive um professor maravilhoso, que foi o seu Bazani. A ele eu devo a minha carreira e isso eu já contei em várias entrevistas", diz Marco Antonio. 

Na época, o jovem estudava agrimensura no Logatti. Chegou o momento em que a situação ficou apertada e seu pai ficou sem condições de pagar seus estudos. Assim, o atleta decidiu pedir um pequeno aumento salarial a um diretor da Ferroviária, aumento esse que seria simplesmente para cobrir a mensalidade da faculdade. O reajuste foi negado e ele resolveu trabalhar no DER (Departamento de Estradas de Rodagem), onde seu pai já trabalhava e conseguiu para ele um estágio de seis meses dentro da área em que estudava. Com o salário do estágio seria possível acertar as contas dos estudos. "Aí parei de jogar", revela.

Aproximadamente um mês depois, Bazani apareceu no portão de sua casa e queria falar com seus pais. O pai de Marco Antonio estava trabalhando, por isso foi atendido pela mãe. O maior ídolo da história afeana falou para dona Natalina que queria muito que o jovem voltasse a jogar na Ferroviária. "Esse menino vai ser jogador", disse Bazani à mãe.

Mas o garoto explicou que seria difícil retornar ao time, já que havia começado a trabalhar e que dependia daquele estágio para seguir com seus estudos. "O Bazani me perguntou qual o horário que estava fazendo lá. Eu respondi que só trabalhava de manhã e ele disse que estava tudo bem, que eu poderia treinar só à tarde, não precisava treinar de manhã. E ele ainda me deu um aumento de salário", conta Marco Antonio. "Por isso eu devo a minha carreira ao seu Olivério Bazani Filho", acrescenta.

Um gol na estreia

Na Ferroviária, Marco Antonio era chamado de Marcão, apelido que perdeu somente quando o clube apresentou o atacante Marcão, que chegou em 1982. Com apenas seis meses como atleta do time júnior da Locomotiva, o zagueiro teve sua primeira chance no time profissional. A equipe enfrentaria o Santo André pelo Torneio Incentivo, competição que naquela época era realizada antes do Campeonato Paulista. O técnico do time profissional, que na ocasião era Brida, conversava com Bazani à beira do gramado e pediu a ele um zagueiro da base, já que a maioria dos defensores do elenco principal estavam machucados. Durante a conversa, o jovem atleta passou do lado e ouviu a resposta de Bazani: "Olha o Marcão aí".

O jovem zagueiro surpreendeu o treinador durante o treino entre os profissionais. Brida comentou com Bazani que iria colocá-lo para jogar e Bazani o incentivou. "Imagina eu, recém-chegado ao time, seis meses de júnior, e já disputando uma partida como titular do profissional. Imagina a tensão, o nervosismo", relata ele, que naquela ocasião estava com o cabelo raspado porque fazia Tiro de Guerra. 

Mas sua atuação na estreia foi melhor que a expectativa. Mostrou toda sua qualidade no setor defensivo e sua alegria foi coroada quando Marinho Paranaense cobrou uma falta na segunda trave e ele subiu mais que todos para cabecear com convicção. "A bola bateu na trave e entrou. Foi um gol bonito. Ganhamos de 1 a 0, gol meu", conta. 

Despertando interesse

Naquele jogo contra o Santo André, o técnico do time do ABC era Sebastião Lapola, que também treinava a Seleção Paulista de Juniores. "Antigamente tinha a Seleção Paulista de Juniores, que disputava Campeonato Brasileiro. A Seleção Paulista não era campeã há 12 anos, enquanto o time do Rio de Janeiro era muito forte. E dois ou três meses depois, por causa daquele gol que eu fiz, eu fui convocado para a Seleção Paulista. Disputamos o Campeonato Brasileiro e chegamos na final contra o Rio de Janeiro. Ganhamos no Rio, empatamos em São Paulo, no Morumbi, e fomos campeões", relembra Marco Antonio. 

O título fez com que todos os jogadores da Seleção Paulista começassem a despertar o interesse de vários times grandes, que antigamente vinham ao interior para buscar reforços. Marco Antonio entrou na mira de clubes como Santos, Corinthians e Palmeiras, mas atuou pela Ferroviária de 1981 a 1986.

Passagem pelo Corinthians

O zagueiro lembra que, certo dia, na véspera de uma semifinal do Paulistão de 1986 entre Palmeiras e Corinthians chegou ao treino na Ferroviária e Bazani disse para ele não treinar, para apenas correr em volta do campo. "Eu perguntei o que estava acontecendo e ele falou que não queria perder o emprego. Era um barato o jeito do Bazani falar. Eu perguntei novamente o que estava acontecendo e ele falou que eu iria para um dos dois times que disputaria aquele jogo da semifinal. Segundo ele, eu iria para o time que perderia a semifinal. Eu pensei que ele estava louco", confessa o defensor. 

No dia seguinte, o Palmeiras venceu o Corinthians e a 'profecia' do Rabi se cumpriu: o empresário do Corinthians chegou à Ferroviária para acertar os detalhes da contratação de Marco Antonio. 

No mesmo final de semana, o zagueiro foi convocado pela Seleção Paulista de Profissionais, que iria para o Japão realizar uma série de amistosos. Por isso, viajou antes mesmo de estrear pelo Corinthians, já que foi contratado na sexta-feira, se apresentou no sábado e seguiu viagem no domingo com a Seleção Paulista. "O Candinho era o treinador e foi ali que conheci o Leão, que era o goleiro. Para se ter uma ideia, a zaga era eu e o Oscar", se orgulha o araraquarense.

Assim, ele só chegou ao Corinthians depois de um mês e meio, e ainda voltou machucado. "Eu só fui ter a sensação de jogar pelo Corinthians na semifinal do Campeonato Brasileiro contra o América-RJ lá no Maracanã. No primeiro jogo, o América tinha vencido o Corinthians, se não me engano de 2 a 0 no Pacaembu. Entrei nesse segundo jogo como titular, foi meu primeiro jogo pelo Corinthians, uma semifinal de Brasileiro no Maracanã. Ganhamos de 2 a 1, mas não classificamos porque haviamos perdido de 2 a 0 no jogo de ida. Mas fiz uma boa partida", relata.

O zagueiro fala sobre o sentimento de atuar pelo Timão. "É uma sensação diferente. A pressão é muito grande. Corinthians é muito grande", resume. 

Marco Antonio conta que o Paulistão de 1987 foi inusitado para o time alvinegro, que terminou o primeiro turno na zona de rebaixamento. "Só sei que trocou o treinador, entrou o seu Formiga e o time ficou 19 partidas sem perder. Nunca vi uma coisa dessa. No primeiro turno não ganhava de ninguém, nem de pequenos, nem de grandes", lembra. 

E uma lembrança especial envolve o jogo em que Marco Antonio atuou diante de seu maior público: 96 mil torcedores. Nesse mesmo Paulistão de 1987, o Corinthians, com Marco Antonio no banco, enfrentou o São Paulo na penúltima rodada do segundo turno e perdia por 3 a 1, já no segundo tempo, quando o corintiano Mauro foi expulso após dar um carrinho no sãopaulino Müller. "Seu Formiga olhou para o banco e me mandou aquecer. Imagina a situação, entrar perdendo de 3 a 1 e com um jogador a menos. O jogo se desenrolou, fizemos o segundo gol, persistimos e empatamos o jogo em 3 a 3. Esse jogo nos deu a classificação para a semifinal do Paulista. Que coisa maravilhosa!", ressalta o zagueiro, que lembra ainda que o Corinthians eliminou o Santos na semifinal, antes de pegar o São Paulo na final e ficar com o vice-campeonato. Mas Marco Antonio não esteve em campo nos dois jogos da decisão, já que seu contrato havia se encerrado antes dessa fase.

Fez história no Sport

O defensor conta que saiu do Corinthians e foi para o Sport Recife, primeiro emprestado, mas posteriormente o time pernambucano comprou seu passe para vender ao Palmeiras. Marco Antonio ajudou a escrever a história de um dos momentos mais emblemáticos e gloriosos do clube. "Foi o maior momento que tive na minha carreira. Foram praticamente dois anos que eu joguei lá e ganhei praticamente tudo. Faziam praticamente seis anos que o Sport não era campeão pernambucano e fomos campeões, disputamos o Módulo Amarelo e fomos campeões, disputamos o Brasileiro e fomos campeões", destaca.

O time manteve sua qualidade em 1988, quando terminou a primeira fase entre os oito melhores do Brasileiro e chegou às quartas de final contra o Bahia, que viria a ser o campeão. "Estávamos ganhando em Recife até o finalzinho do jogo, quando o Charles fez o gol. Precisávamos ganhar na Bahia porque eles tinham a melhor campanha. Foi 0 a 0 o jogo no tempo normal e na prorrogação. Quase vencemos, tivemos a chance de ganhar o jogo no finalzinho, mas nosso atacante saiu na cara do gol e acertou a trave. Até hoje os jogadores daquele time do Bahia falam que o jogo mais difícil para eles não foi a semifinal e nem a final, mas sim o jogo contra o Sport. O time do Sport era muito bom, tanto que em 1989 fez a final da Copa do Brasil com o Grêmio, que foi a primeira Copa do Brasil que teve. Mas nessa ocasião, eu já tinha saído, tinha ido para o Palmeiras", conta.

O zagueiro rasga elogios ao falar sobre o Sport. "Foi um time maravilhoso. O Leão conseguiu montar uma equipe que rendeu frutos durante praticamente três anos em Recife", analisa Marco Antonio. 

A polêmica de 1987

O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1987, originalmente denominado Copa Brasil pela CBF, foi conquistado pelo Sport, que venceu o Guarani na final. Após um empate por 1 a 1 em Campinas, o time pernambucano venceu o jogo de volta por 1 a 0, com gol marcado por Marco Antonio, que elege esse episódio como um dos mais emocionantes de sua vida. Uma façanha que faz dele um dos grandes ídolos do Leão da Ilha.

Entretanto, uma polêmica persiste até os dias de hoje por conta do Flamengo, que já tentou de diversas formas ser reconhecido como campeão daquele ano, mesmo após abrir mão de disputar a fase final prevista no regulamento. Para o araraquarense, no entanto, a situação é inquestionável. "Eu tenho dois ou três livros de escritores renomados, que fizeram reportagens sobre os regulamentos, e não tem como falar que o Sport não é o campeão. Antes de começar o campeonato, já estava tudo certo, estava no regulamento que teria a final do Módulo Verde com o Módulo Amarelo. O campeão e o vice do Amarelo fariam o cruzamento com o campeão e o vice do Verde. Isso foi determinado tudo antes do campeonato começar. O que aconteceu foi que os times grandes quiseram mudar o regulamento no meio do campeonato e não pode acontecer isso. Tanto é que o Flamengo já entrou na justiça mais de 30 vezes e perdeu todas, porque não tem como mudar o regulamento durante a competição", explica. 

"Eles tinham um time muito bom, o Internacional tinha um time muito bom, mas eles não quiseram jogar. Foram eles quem decidiram não jogar porque acharam que, pelo nome, ninguém iria querer mexer com eles. Mas foi para a justiça, foi para o Supremo Tribunal de Justiça e o STF deu o que está no regulamento. Eles não compareceram para jogar e perderam por W.O. Aí fizemos a final com o Guarani, foi 1 a 1 o primeiro jogo em Campinas e o segundo jogo eu tive a felicidade de fazer o gol que até hoje a torcida não esquece. Acho que foi um dos gols mais importantes da história do Sport. E eu fui abençoado por Deus por ter feito esse gol", comemora o zagueiro, que lembra ainda que naquela época apenas o campeão e o vice-campeão do Brasileiro conquistavam vagas para a Libertadores, que teve o Brasil representado no ano seguinte por Sport e Guarani. Marco Antonio chegou a disputar a Libertadores, mas o time pernambucano acabou eliminado na fase inicial. O zagueiro ficou no Sport de 1987 a 1989, quando acertou sua transferência para o Palmeiras. 

O Japão em seu caminho

Em 1991, o atleta foi para o Grêmio Sãocarlense, onde teve um bom desempenho. "Tive uma grande passagem, fui escolhido um dos melhores zagueiros da temporada. O time fez uma campanha muito boa em 1991 e de lá fui para o Japão. Foi muito bom. Eu fui um ano antes de ter o primeiro campeonato profissional, que foi em 1992. A gente foi para divulgar o futebol para os japoneses, porque eles gostavam mais de basebol e sumô, não eram muito interessados por futebol. Eu joguei praticamente em todas as cidades do Japão só para divulgar. Em 1993 foi quando teve a primeira J-League, o Campeonato Japonês. Foi muito bom, uma experiência maravilhosa, meu time era um dos mais novos, recém-formado", relembra Marco Antonio, que em 1992 e 1993 disputou a final da Copa do Imperador pelo Shimizu S-Pulse e foi vice-campeão nas duas ocasiões.

Sobre a adaptação, ele lembra que não encontrou muitos problemas. "No começo foi difícil porque você não fala a língua, tem dificuldades na alimentação, mas tudo isso, em um mês você se acostuma. Estávamos em seis brasileiros, três jogadores e três da comissão técnica, então foi bem tranquilo", completa. 

O encerramento da carreira

Marco Antonio voltou à Ferroviária em 1994, ano em que o time de Araraquara foi vice-campeão do Campeonato Brasileiro da Série C. Em 1996 defendeu o ABC-RN e foi vice-campeão potiguar, mas já pensava em pendurar as chuteiras. "Para encerrar a carreira, eu tive alguns convites, mas acabei ficando aqui na Ferroviária em 1997. Prometeram que iriam fazer um grande time naquele ano, mas parece que teve uma parceria com o pessoal da Moema de São Paulo, houve um rolo e acabaram não colocando dinheiro, não contrataram muita gente e a Ferroviária acabou caindo ao final do campeonato. Aquilo me desgastou muito psicologicamente porque sou de Araraquara, sou formado na Ferroviária e senti bastante. Eu estava com 34 anos e já não estava mais aguentando essa rotina de treino e concentração", justifica o defensor.

Assim, ele tomou a decisão de se aposentar dos gramados. "Fiz meu primeiro jogo profissional contra o Santo André e o meu último foi contra o Santo André também. A gente perdeu lá em Santo André e o time acabou caindo", lamenta. 

Ele elege dois momentos como os mais marcantes de sua trajetória. O primeiro foi o time da Ferroviária de 1985, que chegou à semifinal do Paulistão. "Era um time maravilhoso e quem é daquela época lembra de cor e salteado a escalação. Esse time ninguém esquece e ficou marcado na minha carreira", garante.

"E o outro momento marcante foi o jogo do título do Campeonato Brasileiro contra o Guarani, onde eu tive a oportunidade de ser abençoado por Deus e fazer o gol", completa. 

O presente e o futuro

Pai de Alan (hoje com 30 anos), Marco Antonio é formado em educação física e é funcionário público desde 2000. Trabalha na Secretaria de Esportes de Araraquara e atua como coordenador do Estádio Dr. Cândido de Barros, no Jardim Botânico. 

Sobre os planos para o futuro, ele revela suas prioridades. "Em relação ao futebol, não tenho pretensão nenhuma, porque a gente se afasta um pouco. Quando me aposentar, vou seguir acompanhando os jogos da Ferroviária, porque estou sempre acompanhando os jogos. A minha pretensão é viver em paz, harmonia e com saúde, que é o mais importante", finaliza o campeão.  

  

Confira abaixo algumas fotos da carreira de Marco Antonio.

 

 

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