Uma ocorrência de violência doméstica terminou de forma inesperada em Matão, nesta quinta-feira (19). Durante a intervenção da Polícia Militar em uma briga de casal, no bairro Jardim Esperança, os policiais acabaram descobrindo que a mulher envolvida na confusão era procurada pela Justiça, condenada por estupro de vulnerável.
Segundo o boletim de ocorrência, a equipe da PM foi acionada via denúncia anônima para verificar uma situação de agressão. Ao chegar no local, os policiais se depararam com um casal em meio a uma discussão acalorada. Diante do cenário, foi feita a abordagem de ambos os envolvidos.
O homem, que estava bastante alterado, trazia uma faca no bolso traseiro da bermuda. Durante a revista pessoal, ele foi desarmado sem resistência maior, mas apresentava um ferimento no dedo, causado por ele próprio. Apesar da tensão, nenhum outro item ilícito foi encontrado.
A mulher, de 40 anos, apresentava escoriações visíveis no pescoço e na perna direita. Em relato informal à equipe, afirmou ter sido agredida fisicamente pelo companheiro, tanto em sua residência quanto na casa da própria irmã, para onde teria fugido buscando se proteger. Já o homem alegou que a discussão teve início após ser ofendido por ela, que o teria chamado de “corno”, e que por isso ele estava diante da casa da cunhada.
Ambos foram encaminhados ao Hospital Carlos Fernando Malzoni, onde passaram por exame de corpo de delito. Foi durante o atendimento médico que os policiais realizaram a checagem da documentação dos envolvidos. Para surpresa da equipe, foi constatado que havia um mandado de prisão ativo contra a mulher, expedido em 2016 pela 1ª Vara Criminal de Matão, referente ao artigo 217-A do Código Penal, que trata de estupro de vulnerável. A sentença prevê uma pena de 10 anos de reclusão em regime inicial fechado.
Diante da gravidade da situação e da confirmação do mandado judicial, os dois foram levados ao plantão da Polícia Civil. Foram elaborados dois boletins de ocorrência: um por violência doméstica e outro por captura de procurado.
A mulher permaneceu detida à disposição da Justiça.
Foto e Fonte: Fala Matão