Uma solenidade às 9h deste domingo (16) marcará os dez anos da Padoka do Assentamento Monte Alegre, ou Panificadora da AMA – Associação das Mulheres Assentadas, Núcleo 6, entregue pelo prefeito Edinho em seu 1º mandato por meio de uma demanda do OP – Orçamento Participativo.
Durante este período, a Padoka vem produzindo vários tipos de pães, como o caseiro, o de milho, cenoura e o de soja ou vegano, comercializados, principalmente, na Feira Noturna da Estação Ferroviária, realizadas às quintas-feiras, entre às 16h e 21h, em Araraquara.
Esses mesmo produtos também são servidos em coffee breaks de eventos especiais de universidades, e todos os domingos de manhã para cerca de 150 ciclistas, que se reúnem na própria Padoka como ponto de encontro.
De acordo com a presidente da AMA, Jiseli Dias de Souza Santana, cerca de 10 famílias do Assentamento Monte Alegre são responsáveis pelo funcionamento da Panificadora, quatro delas de forma fixa e as demais durante domingos e feriados.
"Completar dez anos significa uma vitória para a AMA, já que passamos por muitas dificuldades e chegamos até aqui com muita luta e garra", afirma Jiseli, que agradeceu o prefeito Edinho pelo empreendimento.
Ainda segundo a presidente da AMA, o termo Padoka foi criado pelo grupo de ciclistas que há anos utiliza o local como ponto de encontro para saborear os pães, junto com sucos de frutas naturais também produzidos no Monte Alegre. "E as coisas começaram a melhorar agora, com a volta do governo do prefeito Edinho", acrescenta Jiseli.
Ensinamentos
Para a coordenadora da Agricultura (órgão da Secretaria Municipal do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico), Silvani Silva, em dez anos de experiência, as integrantes da AMA ensinaram um jeito diferente de produzir, de vender, comprar e trocar no meio rural, rompendo o isolamento e ganhando visibilidade local.
"Ensinaram que é possível continuar empreendendo sem explorar ou querer levar vantagem e sem destruir o meio ambiente. Nos ensinaram também sobre cooperação e fortalecimento coletivo, pois seguiram sempre cada uma pensando no bem de todas gerando renda e oportunidades no Assentamento. E provando que a saída para o desenvolvimento do meio rural tem que ser coletiva", enfatiza Silvani.
Segundo Camila Capacle, coordenadora do Trabalho e de Economia Criativa e Solidária (também ligada à Secretaria Municipal do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico), a Padoka é um exemplo de sucesso de uma economia solidária no campo. É um empreendimento que nasceu do sonho das mulheres rurais de ter um espaço próprio feminino, para trabalhar, gerar renda e compartilhar a vida.
"Uma semente que foi regada com persistência e sabedoria e que deu frutos e novos sabores para o campo. Tenho um orgulho imenso de ter colaborado para esse projeto nascer. Depois de 10 anos consigo ver o quanto a economia solidária é importante e com benefícios reais.", ressalta Camila.