Desde a extinção da Companhia Troleibus Araraquara (CTA), em 2016, a Prefeitura de Araraquara teve que arcar com mais de R$ 32,8 milhões em dívidas trabalhistas com ex-funcionários. A informação é da própria prefeitura de Araraquara, que reconhece ainda um saldo devedor superior a R$ 24,3 milhões por ações da mesma natureza.
Essa informação consta nas justificativas de um projeto de lei, enviado pelo Executivo à Câmara de Araraquara, que autoriza a venda do imóvel que abrigava parte das atividades da CTA. Segundo a prefeitura, com a venda do imóvel, parte desses recursos poderão ser recuperados, amenizando os prejuízos aos cofres públicos que a extinção da CTA provocou, e redirecionados para a execução de obras públicas de relevância para toda a população.
“Com o contrato de concessão do complexo da Arena da Fonte Luminosa (Arena, Gigantão, CEAR e Centro Internacional de Convenções), caracterizando o maior centro de eventos do interior paulista, a referida área do Projeto de Lei passa a ter total sinergia com os novos investimentos privados que vão acontecer. Ou seja, a sua alienação para a iniciativa privada, além de amenizar prejuízos gerados aos cofres públicos pela extinção da CTA, também fortalece a vocação daquela região para robustos investimentos privados”, explica a administração.
O projeto de lei pede autorização dos vereadores para alienação, por licitação, do imóvel público municipal desocupado, localizado nos fundos do prédio principal da CTA, ocupado anteriormente por garagens de ônibus e um tanque de combustível. O pedido de alienação não inclui, conforme matrícula descrita no projeto de lei, o prédio da antiga CTA que atualmente é sede das Secretarias Municipais de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana e Meio Ambiente e Sustentabilidade. A Prefeitura de Araraquara, inclusive, defendeu a preservação do prédio da antiga CTA (Companhia Troleibus de Araraquara), com fachada para a Avenida Bento de Abreu.
O projeto tramita no Poder Legislativo.