O Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio, morreu nesta segunda-feira (21) no Vaticano, em Roma, aos 88 anos. A morte foi confirmada às 7h35 (horário local) pelo Camerlengo Farrell da Casa Santa Marta. Francisco, que recentemente havia aparecido na sacada da Basílica de São Pedro para a tradicional bênção de Páscoa, estava se recuperando de uma pneumonia bilateral que o manteve internado por cerca de 40 dias. O Vaticano ainda não divulgou detalhes sobre o funeral.
Primeiro pontífice latino-americano e jesuíta da história, Francisco liderou a Igreja Católica por quase 12 anos, após ser eleito em março de 2013 durante o conclave que sucedeu a renúncia de Bento XVI. Conhecido por seu estilo simples e próximo ao povo, ele dedicou seu papado ao diálogo com minorias, à defesa dos pobres e à tentativa de modernizar a estrutura da Igreja, sem abrir mão dos princípios doutrinários tradicionais.
Durante seu pontificado, Francisco promoveu importantes reformas na Cúria Romana, combateu irregularidades financeiras no Vaticano e defendeu a necessidade de uma Igreja mais aberta e misericordiosa. Entre suas ações mais marcantes, destacam-se o acolhimento a casais do mesmo sexo com bênçãos religiosas, a promoção de mulheres para cargos de liderança e a luta contra a pobreza, inspirada em São Francisco de Assis, santo que deu origem ao seu nome papal.
Apesar de seus avanços, Francisco também enfrentou resistência de alas ultraconservadoras, críticas por não permitir a ordenação de mulheres e por manter a posição firme contra o aborto. Sua postura diante de temas polêmicos como imigração, direitos LGBTQIA+ e conflitos internacionais — sempre em defesa da paz e da dignidade humana — consolidaram sua imagem como um reformador prudente, que buscava equilibrar tradição e modernidade.
Nascido em Buenos Aires em 1936, filho de imigrantes italianos, Bergoglio era técnico químico antes de seguir a vida religiosa. Tornou-se sacerdote em 1969, liderou os jesuítas argentinos, foi arcebispo de Buenos Aires e depois cardeal. Reconhecido pelo carisma, pela simplicidade e pela firmeza no combate às desigualdades, Papa Francisco marcou profundamente a história da Igreja Católica, deixando um legado de esperança, misericórdia e transformação.
Foto: Divulgação
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