O dia 17 de setembro de 2016 ficará para sempre marcado na história do esporte paralímpico brasileiro como o dia em que a seleção brasileira de futebol de 5 conquistou seu quarto ouro seguido e em que o incansável Daniel Dias levou mais duas medalhas, sendo uma dourada, para sua coleção que agora conta com 24 láureas paralímpicas.
No lotado Centro Olímpico de Tênis, a seleção brasileira de futebol de 5 precisou apenas de um gol do craque Ricardinho para superar o Irã pelo placar de 1 a 0 em uma partida dificílima. Com o triunfo, o Brasil chegou ao tetracampeonato, e manteve a escrita de não perder em Paralimpíadas desde a estreia da modalidade em Atenas 2004.
Da grama para a água, quem brilhou na natação foi, mais uma vez, Daniel Dias. Primeiro, na prova dos 100m livres S5, o brasileiro não deu chances aos adversários e com o tempo de 1mins10s11 ficou com o ouro. Depois, ao lado de Andre Brasil, Phelipe Rodrigues e Ruan de Souza, Daniel fez parte do time que terminou o revezamento 4x100m medley 34 pontos com o bronze (4min17s51). Com essas láureas, o nadador brasileiro chegou a nove medalhas em nove provas nos Jogos do Rio, e 24 na carreira, e se tornou o maior medalhista masculino paralímpico da modalidade.
O Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos ainda presenciou o bronze de Joana Silva no 100m livres S5, com a marca de 1min23s21. Além de ser o terceiro pódio de Joana no Rio de Janeiro, esta medalha integra as 19 que a Natação venceu nestas Paralimpíadas, número que faz a modalidade igualar sua melhor campanha em total de conquistas, que havia sido estabelecida em Pequim, em 2008.
Três nomes do atletismo brasileiro que já haviam subido ao pódio nestes Jogos voltaram a sentir o gostinho de conquistar uma medalha paralímpica. Porta-bandeira da delegação nacional na Cerimônia de Abertura, Shirlene Coelho, especialista no lançamento de dardo, mostrou ser forte também no lançamento de disco e levou a prata na competição da classe F38 com a marca de 33m91. As outras duas pratas do dia no atletismo vieram da pista, nas provas de 400m. Na classe T47, Petrúcio Ferreira fez 48s87 e na classe T11 Felipe Gomes marcou 50s38. Com essas três medalhas, o atletismo brasileiro atingiu um total de 32 láureas nos Jogos do Rio, superando em muito o seu recorde anterior na modalidade, que era de 21, alcançado nos Jogos de 1984.
O Brasil já foi laureado em nada menos do que 13 modalidades nos Jogos Paralímpicos do Rio, pulverizando a marca anterior, que era de oito, nos Jogos de Pequim. Somente neste sábado, foram seis os esportes que tiveram o Brasil representado no pódio, e três deles mostram bem como o país vem se tornando uma potência paralímpica cada vez mais completa.
Bronze na prova do contrarrelógio há três dias, Lauro Chaman fechou a corrida de estrada C4-C5 em 2h13min46s e terminou com a prata, conquistando a segunda medalha paralímpica da história do ciclismo brasileiro. Da estrada para as quadras, a seleção brasileira feminina de Vôlei Sentado ficou com o bronze e levou a primeira medalha do país na modalidade, após uma vitória irretocável por 3 sets a 0 sobre a Ucrânia (25/12, 25/22 e 25/20).
O tênis de mesa também fez uma campanha marcante nesses Jogos. Conquistou mais dois bronzes neste sábado, chegando a quatro medalhas. Na competição por equipes feminina classe 6-10, Bruna Costa e Danielle Rauen venceram a Austrália por 2 a 0 na disputa pelo terceiro lugar, enquanto Guilherme Marcião e Iranildo Conceição, na classe 1-2 masculina, bateram a Eslováquia por 2 a 1.
Também neste sábado ocorreram as últimas regatas das três competições de vela na Marina da Glória. Após a disputa de 11 corridas, o Brasil obteve os seguintes resultados: 16º na 2.4mR, com Nuno Rosa, oitavo lugar no Skub18, com Marinalva de Almeida e Bruno Landgraf, e 11º na Sonar, com a tripulação formada por Antonio Marcio, Herivelton Ferreira e José Matias.
Em sua primeira participação em Jogos Paralímpicos, a equipe brasileira do rugby em cadeira de rodas terminou na oitava colocação. Na Arena Carioca 1, a seleção nacional se despediu com uma derrota apertada para a França pelo placar de 59 a 54.
Já a Seleção masculina de basquete em cadeira de rodas fez um jogo emocionante contra a Austrália, decidido apenas nos lances finais com a vitória por 70 a 69. Desta maneira, terminou o torneio na quinta colocação. Com 24 pontos, Leandro de Miranda foi o cestinha da partida. Esta foi a melhor participação do Brasil na modalidade em toda a história das Paralimpíadas.
Neste domingo, 18, último dia dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a equipe masculina de vôlei sentado do Brasil irá disputar o bronze com o Egito e quatro brasileiros disputarão as provas de maratona. Alex Douglas Silva correrá pela classe T46, Edneusa Dorta pela T12 e Maria de Fátima Chaves e Aline Rocha pela T54.