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Paulistão Feminino marca novo desafio para Ana Lorena Marche

Coordenadora de futebol feminino da FPF refletiu sobre preparativos e expectativas para a disputa

O Paulistão Feminino começa neste sábado (17) e será o marco de um novo desafio para Ana Lorena Marche, coordenadora de futebol feminino da FPF. A gestora, que assumiu o departamento após a saída de Aline Pellegrino, refletiu sobre o trabalho nos preparativos da competição e a relevância do estadual no cenário da modalidade.

Lorena falou sobre os desafios na transição do departamento, a adaptação do esporte à pandemia da covid-19 e a importância de realizar o Paulistão Feminino, que é uma oportunidade para os clubes alcançarem o cenário nacional. “Foi um período difícil, mas esses oito meses foram muito bons de aprendizado, deu para alinhar tudo, nossos objetivos, planejamento e alinhar tudo para esse início de Paulistão. Nossa maior preocupação sempre foi com a segurança das atletas, comissões e todos os envolvidos. Conseguimos deixar tudo pronto e alinhado, seguindo todos os protocolos definidos junto ao Governo do Estado, Centro de Contingência, clubes e FPF para retomada dos treinos e dos jogos”.

Em 2020, a FPF realizou ciclos de videoconferências voltados para o futebol feminino. Foram tratados temas como gestão financeira e pessoal, saúde da mulher, saúde mental e direito desportivo. Ana Lorena destacou a importância dos encontros virtuais, especialmente no que diz respeito à capacitação das atletas.

“Nós conseguimos atingir um objetivo novo, que é esse relacionamento com as atletas. Esse tipo de trabalho melhora a qualidade dos profissionais e atletas com capacitação, tudo isso faz com que a atleta se torne melhor, pense em sua carreira como um todo. Quando se fala em profissionalização, não se trata apenas de uma carteira assinada, mas também de toda essa relação entre as partes envolvidas no processo. Tivemos um retorno muito bom das atletas, quando elas passam a ter um olhar sistêmico das coisas, isso também melhora o produto”, avaliou.

O Paulistão Feminino 2020 contará com 12 participantes, organizados em dois grupos. No Grupo 01 estão Realidade Jovem, Taboão da Serra, Ferroviária, Red Bull Bragantino, São Paulo e Palmeiras. O Grupo 02 é formado por Taubaté, Juventus, Nacional, Santos, São José e Corinthians. Ana Lorena projetou expectativas sobre o nível da competição.

“O Campeonato Paulista é um dos maiores formadores de atletas, até mesmo de seleção, muitas ainda estão aqui. É um campeonato de suma importância, além das equipes já tradicionais, outras equipes chegaram com investimento, é um campeonato de altíssimo nível. Se pegar o Brasileiro Série A1 tem muito paulista disputando, é um exemplo do nível de competitividade do Paulistão”, avaliou.

A coordenadora de futebol feminino da FPF ainda relembrou a última dição do Paulistão Feminino, marcada pelo recorde de público na decisão entre Corinthians e São Paulo –na ocasião, 28.609 pessoas compareceram à Neo Química Arena para acompanhar a partida. Ana Lorena comparou os aprendizados adquiridos durante a competição como gestora da Ferroviária, e as lições que ficam para o trabalho na Federação.

“A final do ano passado mostrou muito claramente o quanto o produto é bom, como pode ser bem comercializado. Existe uma demanda reprimida de público, que traz grande visibilidade. Mostrou também como se pode ter retorno de marketing, eu pude ver o retorno desse investimento acontecendo dentro do clube. Agora, como Federação meu papel é mostrar esse resultado para os clubes e ter todo esse cuidado em empacotar o Campeonato de forma que ele fique cada vez mais bonito de ser vendido, em como organizar isso da melhor forma”, declarou.

Em seu primeiro Paulistão Feminino como gestora da modalidade, Lorena demonstrou expectativa por grandes jogos na competição e falou sobre a marca que deseja deixar na modalidade. “Minha expectativa pessoal é muito de aprendizado, e tenho tido muito apoio tanto da FPF quanto dos clubes para isso. Temos uma estrutura muito bem estabelecida, entregando o melhor produto, o que também ajuda. Quero fazer com que o futebol paulista cresça cada vez mais, pensando em comercialização do Paulista Feminino adulto, e também em massificar o futebol feminino, em mudar a percepção da modalidade como um todo, dentro de clubes, imprensa, no cenário geral”, finalizou.

 

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