A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu arquivamento de um inquérito da Polícia Federal (PF) contra o ministro da Casa Civil, do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP). Na manifestação, encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a vice-procuradora geral da República Lindôra Araújo, diz não haver provas de crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no inquérito, que investiga também o prefeito de Araraquara-SP, Edinho Silva (PT). O caso está com a ministra Rosa Weber, no STF, que vai analisar o pedido de Lindôra.
No mês passado, no entanto, a Polícia Federal (PF) concluiu investigação e apontou que Ciro Nogueira (PP) recebeu propina do grupo J&F. Edinho Silva também é citado na investigação e nega qualquer ilegalidade.
Entenda o caso
Segundo o relatório final da PF, Ciro Nogueira recebeu recursos indevidos da J&F “visando a garantir o apoio do Partido Progressista (PP) à campanha para reeleição de Dilma Roussef, em 2014”. Edinho Silva, tesoureiro de campanha da petista à época, teria solicitado os repasses indevidos a Joesley Batista, executivo do grupo J&F. Edinho teria sido “auxiliado por Ricardo Saud”, também executivo do grupo.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, parte do dinheiro foi enviado para o Partido Progressista por meio de doação eleitoral oficial. Entretanto, cerca de R$ 5 milhões teriam sido entregues em espécie para um irmão de Ciro Nogueira, usando um supermercado.
Resposta de Edinho Silva
Após a conclusão do relatório da Polícia Federal, em abril, a assessoria de imprensa do prefeito de Araraquara respondeu por meio de nota, que "Edinho Silva, que foi coordenador financeiro da campanha de Dilma 2014, reforça que todas as doações ocorreram dentro da legalidade e as contas da campanha foram aprovadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral)."