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Policiais civis se dizem impossibilitados de prender e investigar

Transferência de presos para audiências de custódia ocupa quase todo o efetivo. Policiais desabafaram nas redes sociais

Desde o ano passado, a Polícia Civil iniciou o processo de centralização de delegacias em Araraquara. Com isso, DP`s foram fechados e o atendimento transferido para outra unidades.

Oficialmente, o discurso é que as mudanças foram executadas para otimizar o efetivo e agilizar as investigações. Entretanto, a falta de efetivo policial é considerado o principal motivo para as mudanças implementadas na Polícia Civil.  

A situação levou policiais da Delegacia   de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Araraquara a publicar um desabafo nas redes sociais. Na página oficial da DISE no facebook, o desabafo  denuncia a ocupação de membros da corporação para a transferência de presos, o que estaria prejudicando as investigações e o trabalho de rotina das equipes. “Nós estamos sem condições de executar nossa primordial função (investigar e prender) e esta falta de condição está diretamente ligada a entrada em vigor da lei que instituiu a audiência de custódia e também a escolta de presos que estamos obrigados a fazer”.

Segundo os policiais, os detidos em flagrante são conduzidos à cadeia pública de São Carlos, porém devem ser ouvidos por uma autoridade judicial o mais breve possível, o que obriga o deslocamento de viaturas e policiais até São Carlos, para em seguida retornar com o preso para Araraquara.

“Vocês acham correto uma cidade que possui Anexo de Detenção Provisória, Penitenciária, Centro de Ressocialização Masculino, Centro de Ressocializaçã Feminino e Fundação Casa ser obrigada a levar presos diariamente para São Carlos, para no dia seguinte ter que ir buscá-los e trazer para o Anexo de nossa cidade?”, pergunta o autor do texto.

A publicação, que não continha assinatura, foi apagada do perfil da DISE horas depois de publicada. 

 

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